#006 – A Sombra da Ideologia

Não confie em tudo o que vê, pois até o sal pode parecer açúcar.

Neste episódio, vamos dissecar o que são ideologias e como elas limitam você a explorar seu potencial e viver uma vida lendária.

O objetivo deste episódio é conscientizá-lo sobre suas ideologias pessoais e fornecer ferramentas para desconstruir, e talvez até eliminar, aquelas que não servem mais para você.

Então, vamos começar?

No ano passado, em 4 de janeiro de 2019, eu estava viajando de Washington DC para Las Vegas e aproveitei o voo para escrever várias páginas sobre esse assunto no meu diário.

Durante o voo do Brasil para os Estados Unidos, eu tinha escutado o podcast do Leo Gura chamado “How Ideology Works” e lido alguns artigos sobre como as ideologias funcionam e surgem.

Como você sabe, não há muito o que fazer em um avião e, principalmente, não há internet, pelo menos não nos voos que eu peguei. Então, eu tive muito tempo para pensar sobre o assunto.

Epistemologia e como se aproximar da verdade

Existe algo chamado epistemologia, cuja origem da palavra é grega e é a junção de “episteme” (conhecimento certo, ciência) com “logos” que significa discurso, estudo.

Esse termo foi criado no século 19 por um filósofo escocês para representar o estudo do conhecimento e, posteriormente, foi expandido por um filósofo britânico no século 20 para abranger posturas cognitivas.

Mas, para simplificar, podemos dizer que a epistemologia é o que eu faço com os conteúdos que transmito a vocês. Eu busco me aproximar mais da verdade, da realidade.

Não nos limitamos a analisar o conteúdo que estamos passando, mas também a transmiti-lo de uma maneira que desperte valores nobres e lendários em vocês.

Nós não enxergamos o mundo como ele é. Isso seria humanamente impossível. Mesmo que tivéssemos uma mente totalmente aberta, sem crenças ou vieses, ainda assim nossos sentidos são limitados: não conseguimos enxergar todas as cores que existem, não temos a capacidade de sentir todos os cheiros ou de reconhecer todas as formas através do tato. Nunca veremos a realidade como ela é, pois ela é fruto da nossa imaginação.

Mas podemos nos aproximar um pouco mais dela quando nos desapegamos de nossas crenças, estudamos diferentes perspectivas e ouvimos diferentes pessoas falando sobre o mesmo assunto. E é isso que eu faço cada vez que trago um novo conteúdo para vocês.

Dito isso, gostaria de fazer uma pergunta: como você sabe que o que você sabe é verdade?

Algumas possíveis respostas são:

– “Ah, Alan, eu simplesmente sei.”
– “Já li um livro sobre esse assunto.”
– “Meus pais me ensinaram isso, e os pais deles ensinaram a eles.”
– “Aprendi na escola.”

Mas como você sabe que o que aprendeu com um livro, com seus pais ou na escola é verdade? Nenhuma das respostas acima responde a essa pergunta.

Se você respondeu que sabe por experiência própria ou por ouvir pessoas confiáveis sobre o assunto, então você está mais perto da verdade.

Existem algumas maneiras de ter certeza de que o que você sabe está mais próximo da verdade. Vou falar sobre duas delas:

1. Observação: a observação está diretamente ligada à experiência própria. Como uma criança aprende? Ela aprende observando e repetindo, e é assim que o conhecimento começa a ser introduzido em nós.
2. Triangulação de respostas: adultos aprendem melhor quando discutem ideias. Uma técnica que eu uso é a triangulação de respostas de pessoas altamente confiáveis naquele assunto. Esse é um dos princípios do livro “Princípios”, de Ray Dalio, um bilionário e filantropo que, depois de fazer bilhões, resolveu compartilhar seus conhecimentos.

Eu já usava esse princípio muito antes de ler o livro, e essa é a segunda forma de aprendizado que eu uso.

Basicamente, se eu tenho dúvidas, eu faço a mesma pergunta para várias pessoas que conheço e que entendem mais do assunto do que eu. Por exemplo, eu queria saber como melhorar a qualidade do áudio do meu podcast. Comprei um microfone muito bom, mas ainda havia um pouco de eco. Então, perguntei para meu primo Jonas, que é um músico profissional e possui uma gravadora, para o Jeff, que é meu sócio em um projeto de gravação de voz e monetização, para a esposa dele, Nadya, que é uma locutora profissional e possui um estúdio em casa, e também para meu ex-sócio e amigo Paulo Barros, que tem um dos maiores canais de inglês no YouTube e sabe muito sobre produção de conteúdo, vídeo e áudio.

Concorda comigo que essas três pessoas são confiáveis no assunto? Elas sabem muito mais do que eu. Cada uma delas me deu uma ideia, e eu ia jogando a ideia para o outro para ver o que ele achava. Fui fazendo isso até que os três concordaram com a mesma ideia, mesmo sem ter conversado entre si sobre o assunto.

Faço isso há muito tempo, nem sei quando comecei. Lembro que, no segundo ano do segundo grau, fazia isso com o resumo de livros. Eu achava muito chato ler e não lia livros. Nas provas de literatura, chegava um pouco mais cedo e fazia algumas perguntas para meus colegas que sempre tiravam nota alta nesta matéria. Perguntava coisas do tipo: “Que parte do livro você mais gostou?”, “Se você pudesse resumir esse livro em só alguns parágrafos, como seria?” e “O que você menos gostou no livro?”. Eles me respondiam, e a primeira resposta gerava material para discutir com os outros. Conversava com uns 4 ou 5 colegas que tinham lido. Logo, comecei a tirar uma nota mais alta que eles sem ler os livros. Gabaritei duas provas, e minha nota mais baixa com essa estratégia foi 8 de 10.

Continuo fazendo exatamente isso, inclusive com este conteúdo que passo para vocês. Tem muito tempo de observação e muita triangulação de ideias de pessoas confiáveis. Com essa introdução, mostrando um pouco sobre como eu me aprofundo e reflito sobre os assuntos que trago aqui, gostaria de fazer uma pergunta para você.

O que é uma ideologia?

O que vem à sua cabeça quando eu falo a palavra “ideologia”?

Lembra que eu disse agora pouco que não conseguimos enxergar o mundo como ele realmente é?

Então, como enxergamos ele?

A resposta é através de nossas ideologias.

Ideologia não é algo que se pode ter ou não, não depende da própria vontade. Não é uma questão de escolha.

É algo que possuímos, na grande maioria dos casos, sem consciência de que a possuímos. É a maneira pela qual vemos os acontecimentos da vida e da história, e nos situamos diante deles.

Ninguém enxerga sem os olhos, concorda comigo?

Contudo, ao enxergar algo, ninguém vê os próprios olhos.

São os olhos que são o meio pelo qual você enxerga.

Ideologia é como o seu nariz que está na sua frente o tempo todo, mas seu cérebro simplesmente ignora.

Se você olhar um pouco para baixo e fazer um pouco de força, você vai enxergar o seu nariz. Se estiver com dificuldade, tente fechar um dos olhos para enxergá-lo.

Muito bem.

Quando voltar a olhar para frente, você vai começar a notar que ele está sempre aí no seu campo de visão. Ele vai ficar um pouco desfocado, pois você não está olhando diretamente para ele e sim para frente.

Se você acabou de fazer isso, não se preocupe, eu não te estraguei.

Em alguns minutos ou até segundos, você volta ao normal, pois o seu cérebro ignora para que você não tenha tonturas, enjoos e sensação de desconforto.

Assim ocorre com a ideologia, ela está sempre presente, mas você não consegue enxergá-la. Você a ignora, pois só questioná-la provoca bastante desconforto.

Afinal, é por meio da ideologia que vemos e interpretamos a realidade objetiva na qual nos situamos. Ela resulta de nossas concepções morais, políticas, sociais, artísticas ou religiosas e faz as coisas fazerem sentido, tornando-se nossa verdade.

Se eu precisasse explicar a ideologia em uma frase, diria que ela é um conjunto de ideias, pensamentos e crenças sobre como a realidade funciona e o que é a realidade, uma forma de interpretar como o mundo funciona. Normalmente, uma ideologia vem com um conjunto de regras a serem seguidas também, como com quem você pode se relacionar, como deve agir em diferentes situações, como o governo deve ser estruturado e assim por diante.

A ideologia é como um software de computador, onde você nasce e logo seus pais começam a instalar alguns softwares, como a crença religiosa deles, o sistema político que eles acreditam, o time de futebol do coração e outros softwares que vão sendo instalados em sua mente através da internet, propagandas e livros. Assim, você começa a enxergar o mundo através dessas lentes.

Agora, vamos para a próxima pergunta: a ideologia é boa ou ruim? Vamos pegar a analogia das lentes. Se você só consegue enxergar o mundo através dessas lentes, elas são boas ou ruins? Acredito ser natural dizer que são boas, afinal, sem elas, você é humanamente incapaz de compreender a realidade e enxergar o mundo. Concorda comigo?

Perfeito.

Digamos que você esteja carregando 10 lentes no seu bolso para utilizar em diferentes situações da vida. Por exemplo, se o assunto for religioso, você pega a lente da religião para enxergar melhor. Se o assunto for político, você pega a lente da política. Dessa forma, você usa as lentes que condizem com a situação em que está vivendo.

Agora mesmo, você está usando uma dessas lentes para compreender o que eu estou falando. Pode ser a lente do sistema de aprendizado, da curiosidade, do estudo científico, da espiritualidade, ou a lente política. Independentemente da lente que está usando, você está me julgando com base nas palavras que digo. Isso é inevitável, pois é assim que os seres humanos funcionam.

Cem pessoas podem ouvir este podcast e cada uma delas terá uma percepção diferente, pois cada uma escuta com uma ideologia levemente ou totalmente diferente da outra.

A sombra da ideologia

Então, qual é a sombra de uma ideologia?

Quais são os perigos dela?

O perigo está em não reconhecê-la como ideologia e sim acreditar que ela representa fielmente a realidade, ou seja, novamente a sombra da inconsciência.

Como ela é a lente que você usa para enxergar o mundo, ela é facilmente confundida com a realidade. Logo, você passa a acreditar nela como verdade única e assim você se torna ideológico e é aí que mora o perigo.

A ideologia em si é inofensiva sem um hospedeiro.

Ela é apenas um conjunto de valores, crenças e regras, como eu falei anteriormente. Logo, é inofensiva a não ser que seu ego encontre refúgio nela.

Aí você passa a ser o hospedeiro e serve o propósito dela.

E depois, tudo que tenta remover esse seu status de hospedeiro é visto como uma tentativa de agressão direta a você mesmo e por isso você se defende, não aceita opiniões contrárias e não quer dar a mínima chance para enxergar o mundo com outros olhos.

Deixa eu dar um exemplo disso na vida real:

Se você questionar a existência de Deus para um cristão ou o livre mercado para um capitalista, ambos provavelmente vão rotular você como inimigo.

Um pode te considerar ateu ou mensageiro de satanás e o outro provavelmente vai te rotular como socialista, esquerdista ou qualquer outro rótulo que possa ser encarado como inimigo.

Logo, o problema é se conectar com a ideologia.

E infelizmente, somos todos ideológicos.

Você não percebe que tem uma ideologia, pois como eu já disse algumas vezes, ela é a lente que você usa para enxergar a realidade.

Quando se tem um problema de visão, sua mãe, seu pai ou alguém próximo costuma notar, porque você não consegue identificar objetos à distância ou tem dificuldade para ler as coisas.

Com meu irmão foi assim, ele sentava próximo ao quadro, mas quando mudou de lugar, por causa de uma reorganização na sala de aula, ele começou a tirar notas mais baixas. Ele não dizia qual era o problema, sempre foi muito quieto.

Minha mãe ou minha avó, não me lembro agora quem, acabou descobrindo e, após ele colocar óculos, as notas voltaram ao normal.

Agora, imagine que todas as pessoas no mundo nascessem com 20 graus de miopia e você nascesse com a visão normal.

Quem você acha que seria considerado deficiente?

Não precisa imaginar muito.

Existe uma série na Apple TV chamada SEE, que significa “ver” em inglês.

Nela, você encontra uma história pós-apocalíptica: a humanidade foi atingida por um vírus mortal, extinguindo 99% da população e deixando apenas dois milhões de pessoas vivas na Terra. No entanto, todas elas ficaram cegas, e assim os seres humanos permanecem por séculos.

A série não mostra esse processo, ela já começa nesse futuro pós-apocalíptico, séculos após o desastre.

Nesse futuro, a falta de visão causou um grande retrocesso na forma como os humanos passaram a viver. Algumas tribos voltaram a se comportar como na idade da pedra, outras como índios e algumas como na época medieval.

Imagina, todos são cegos.

A informação que boa parte estava online não é mais acessível, os livros não podem ser lidos. Mesmo os poucos livros em braille que existem ainda precisam de alguém que saiba ler com os dedos, precisa passar isso adiante e também precisa ensinar outras pessoas.

Ou seja, perdeu-se a forma como se passa a informação para as gerações. A única forma que restou são as histórias, que, como você sabe, funcionam como telefone sem fio, distorcendo os acontecimentos à medida que são passados.

Agora, imagina por séculos a única forma de transmitir o que aconteceu e como o mundo era por histórias. Em um ou dois séculos, dizer que um dia o homem enxergou foi virando um mito, uma lenda mal contada, e novas ideologias surgiram para interpretar o mundo nessa condição.

Até que algumas pessoas começam a nascer com a capacidade de enxergar e começam a ser perseguidas por isso. Pessoas com a capacidade de enxergar são chamadas de bruxos e bruxas.

Na série, os 2 irmãos que podem enxergar olham para as coisas que as pessoas cegas fazem e entendem que aquilo não faz sentido nenhum.

Elas lutam em nome de um deus que não existe, é apenas o sol, uma estrela a 149.600.000 km da Terra queimando hidrogênio e hélio. Contudo, eles atribuem a esse deus, o sol, diversos significados e acontecimentos banais do dia a dia. Quer uma prova de que esse deus existe? Fique por algumas horas em determinado momento do dia sob ele, e ele vai te queimar. Existem horas do dia em que ele não permite que você saia.

Essa é a interpretação deles sobre a “vontade” desse deus.

Outra interpretação do mundo atual deles é que chamam de “ossos de deus” os metais que um dia foram apenas ferramentas criadas por nós.

Qualquer tipo de tecnologia ou construção que as pessoas cegas encontram, eles acreditam que é algo divino, criado por Deus. Enquanto os dois irmãos sabem que aquilo foi criado pelos homens antigos.

Na série, uma rainha inicia uma inquisição para matar todos aqueles que nascem com a capacidade de enxergar. Diversas pessoas cegas são mortas pelos outros cegos que pensam que elas estão enxergando, por possuírem algum comportamento fora do padrão. Isso soa familiar? Se você souber um pouquinho de história, poderá conectar isso a vários acontecimentos na história da humanidade.

E é esse tipo de cegueira que a ideologia nos provoca. Guerras são travadas em nome de ideias que distorcem a realidade. Famílias brigam em nome de ideais políticos e religiosos. E sabe por quê? Porque é muito difícil separar quem somos de nossas ideologias. Elas são o que forma a nossa identidade, o nosso “eu”. Logo, ferir a nossa ideologia é como ferir a nós mesmos. Não é à toa que as pessoas cometem atrocidades em nome das suas ideologias.

Você deve lembrar do massacre no dia 7 de janeiro de 2015 na França, na sede da revista Charlie Hebdo. Eles fizeram uma sátira de Maomé e foi o suficiente para um atentado terrorista. Agora, você pode pensar: “Esses muçulmanos são todos malucos mesmo ou algo assim”. O grupo Porta dos Fundos também sofreu um atentado em retaliação contra o seu especial de Natal na Netflix. Na madrugada do dia 24, véspera de Natal, a sede da produtora sofreu um ataque com coquetéis molotov. Daí você pode pensar: “Mas foi bem feito, eles brincaram com algo sagrado, algo que não se brinca”. Hmmm, quer dizer que com Maomé podemos brincar, mas com Jesus não? É isso? Alan, não se brinca com religião. Então, eu te pergunto: por quê? Por que não se brinca com religião? Reflita um pouco.

Por que não podemos brincar com a religião alheia?

Bem, como não consigo ouvi-lo, deixe-me responder o que você provavelmente me responderia:

“Alan, não se brinca com religião porque você está se referindo às pessoas, você está brincando com aquilo que é mais sagrado para elas, é o que elas acreditam.”

Foi mais ou menos isso que você pensou?

Foi mais ou menos isso que ouvi das pessoas que entrevistei para este episódio.

Uma delas disse:

“Você está se referindo às pessoas ao brincar com a religião ou a posição política delas.”

Vou repetir:

Você machuca as pessoas ao brincar com a religião ou o posicionamento político delas. Isso acontece porque as ideologias estão tão enraizadas nas pessoas que elas não conseguem separar o que é elas mesmas e o que é a ideologia.

Quando você brinca com a ideologia de alguém, essa pessoa sente que você está agredindo-a. É como se você estivesse colocando a própria sobrevivência dela em perigo. A ideologia é uma ilusão tão forte quanto a ilusão de que você é o seu corpo, que eu ajudei você a desconstruir no episódio “Quem é você?”.

A ideologia está tão enraizada em você que é difícil separar o que é você e o que é a ideologia. Só quando você perde uma delas é que percebe que achava que era aquilo, mas que continua aqui, assim como quando perde uma mão ou até mesmo o braço inteiro.

Quando você começa a compreender que as ideologias não são essencialmente você, mas sim uma forma como você enxerga a realidade, você aos poucos consegue se desapegar delas. Assim, você pode começar a viver uma vida com menos julgamento, menos ódio, menos cobrança e menos sombras.

Chamada para Ferramentas

Eu quero que você saia deste episódio não só com informações, mas também com ferramentas para identificar as ideologias que existem em você e no mundo ao seu redor.

No entanto, é importante ressaltar que nem todas as ideologias serão identificadas, visto que, basicamente, elas são a maneira pela qual você dá sentido ao mundo. É através delas que você consegue identificar as ideologias mais fracas ou menos enraizadas.

Mesmo assim, ao eliminar ou diluir algumas delas, você já poderá avançar para a sua próxima versão.

Identificar, diluir ou até mesmo eliminar completamente uma ideologia é a ferramenta mais poderosa para a arte de morrer, para matar a sua versão atual.

Tenho certeza de que, se você fizer bom uso dessas ferramentas, poderá evoluir em uma velocidade que nem imaginou que seria possível.

As ideologias são como correntes que o prendem em uma ilusão, impedindo-o de explorar todo o seu potencial e a abundância que este mundo oferece.

E a primeira coisa que você precisa saber para tomar qualquer atitude a respeito é saber identificar uma ideologia.

Como reconhecer uma ideologia?

Bom, e o que elas têm em comum?

Toda ideologia é baseada em um ideal, em um objetivo.

Ela defende uma realidade perfeita onde seríamos mais felizes e realizados, caso sigamos suas normas, leis, mandamentos ou, enfim, as regras que ela possui.

Ideologia Religiosa

Vou dar alguns exemplos de ideologias religiosas.

No cristianismo, se você seguir as regras – que basicamente consistem em aceitar Jesus como seu único e verdadeiro salvador, se arrepender de seus pecados e seguir a palavra de Deus que é a bíblia – você irá para o céu.

O céu é descrito no capítulo 21 do Apocalipse, no versículo 4:

“Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”.

Já nos versículos 21 a 27, descreve-se como seria esse paraíso. Isso é o que está escrito:

“A rua principal da cidade era de ouro puro, como vidro transparente. Não vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro são o seu templo. A cidade não precisa de sol nem de lua para brilharem sobre ela, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua candeia. Suas portas jamais se fecharão de dia, pois ali não haverá noite. Nela jamais entrará algo impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro.”

Ou seja, um lugar onde não haverá mais morte, seremos imortais e não haverá emoções negativas como tristeza ou dor. Um lugar onde será sempre dia.

Essa é a promessa de céu para os cristãos.

Dentro do cristianismo, existem muitas variações desse céu e como chegar lá. Toda ideologia terá várias ramificações e muitas vezes essas ramificações serão inimigas.

Por exemplo, os evangélicos condenam os católicos pela idolatria, contudo ambos são fruto da mesma ideologia do cristianismo romano, que inclusive era diferente de todos os cristianismos que existem hoje.

No Islã, o processo é bem similar ao cristianismo. Você precisa pronunciar em árabe: “Não há verdadeiro deus, exceto Allah, e Maomé é o Mensageiro de Deus”.

A primeira parte, “Não há verdadeira divindade, exceto Deus”, significa que ninguém tem o direito de ser adorado a não ser Deus, e que Deus não tem parceiro ou filho.

Para se tornar um muçulmano, é preciso:

1. Acreditar que o Alcorão Sagrado é a palavra literal de Deus, revelada por Ele.
2. Acreditar que o Dia do Juízo (Dia da Ressurreição) é verdadeiro e chegará.
3. Acreditar nos profetas que Deus enviou, nos livros que Ele revelou e em Seus anjos.
4. Aceitar o Islã como sua religião.
5. Não adorar nada nem ninguém, exceto o único Deus verdadeiro, Allah.

Todas essas informações foram copiadas de um site oficial islâmico que ensina brasileiros a se tornarem muçulmanos.

O paraíso dos muçulmanos, Jannah, é descrito como um lugar onde se encontra puro prazer, sem dor ou sofrimento, sem doença ou morte, sem fofoca, ódio ou qualquer outro sentimento negativo, e com muitas jóias e virgens. O Alcorão contém algumas passagens que falam sobre esse paraíso:

“…haverá tudo que as almas podem desejar, tudo que os olhos podem se deleitar…” (43:71)

“Comei e bebei com deleite, pelo que adiantastes (boas ações) nos dias passados.” (69:24)

“…Eles serão adornados com braceletes de ouro, e vestirão trajes verdes de fina seda e brocado. Eles se reclinarão sobre coxins. Que boa [é] a recompensa! Que belo coxim para se reclinar!” (18:31)

O paraíso também é descrito como tendo inúmeras jóias, criados jovens e cheirosos, vinho (uma extravagância, já que o Islã proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em vida), rios de leite, rios de mel, rios de água (que costuma ser algo precioso nos países muçulmanos), frutas abundantes e virgens com seios fartos para atender às necessidades dos justos.

Falando das virgens de seios fartos, o céu é dividido entre os justos comuns e os justos que foram profetas ou mártires. Estes últimos recebem um bônus de 80.000 servos e 72 esposas, além de mais jóias que os outros.

Mártires são aqueles que morrem em nome de Allah, inclusive os homens-bomba se enquadram nessa categoria, pelo menos é o que lhes dizem.

Há muitas informações sobre o paraíso islâmico nos textos sagrados, muito mais do que nos textos do cristianismo. Portanto, eu dei apenas uma ideia geral aqui sobre o céu deles.

Podemos notar várias semelhanças entre essas duas ideologias religiosas. Inclusive, assim como o cristianismo, o islamismo também possui diversas ramificações, sendo os Xiitas e os Sunitas os maiores rivais.

Ambas ideologias, Cristianismo e Islamismo, possuem um processo semelhante, em que é preciso eleger o Deus deles como o único verdadeiro.

Ambas possuem diversas regras que precisam ser seguidas.

E promessas, tanto terrenas quanto de um paraíso, mas também de uma tortura eterna se não cumprir as regras.

Um evangélico tem certeza que ele está certo, que sua crença nem é religião, muito menos uma ideologia, e para eles os muçulmanos estão claramente errados, estão cegos por uma ideologia, por uma religião, por doutrinas sem sentido e por promessas falsas.

Já os muçulmanos pensam exatamente o mesmo dos evangélicos.

Esse é um exemplo claro de duas ideologias muito similares, ideologias que nasceram em uma região muito próxima, ou seja, possui uma base história parecida e também usou boa parte dos antigos livros religiosos daquela região, alguns livros do antigo testamento no mundo cristão.

Contudo os hospedeiros desses vírus se consideram totalmente diferentes um dos outros e isso é uma grande característica de uma ideologia.

Alan, você acabou de chamar o cristianismo de vírus? Que blasfêmia.

Calma, sobrará para mim… e não estou falando do inferno.

Vou falar das ideologias das quais também sou um hospedeiro.

E não sei se você notou, mas eu não falei apenas do cristianismo.

Vamos continuar…

Essas ideologias causam dualidade, fazem com que você enxergue o outro como um objeto, como um obstáculo, como um inimigo. Elas o forçam a tentar espalhar a sua verdade como única, e aqueles que não a aceitam se tornam inimigos.

Quantas pessoas morreram nas cruzadas e nas diversas guerras criadas por essas ideologias?

Cuidado com essa dualidade gerada pelas ideologias religiosas, com essa separação entre nós e eles.

Além do Islã e do Cristianismo, existem outras dezenas de milhares de religiões. As oito maiores do mundo são:

1. Espiritismo (aproximadamente 13 milhões de adeptos)

Essa ideologia surgiu na França e se expandiu pelo mundo a partir da publicação de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec (1857), mas é no Brasil que se encontra a maior comunidade espírita do mundo, sendo que 1,3% da população brasileira se considera espírita.

7. Judaísmo (aprox. 15 milhões de adeptos)

A mais antiga tradição religiosa monoteísta e a maior de tradição matriarcal, ou seja, o filho que nasce de mãe judia também será judeu.

6. Sikhismo (aprox. 20 milhões de adeptos)

Uma doutrina monoteísta fundada no século 16 na Índia.

5. Budismo (aprox. 376 milhões de adeptos)

Uma doutrina com 2600 anos que acredita na existência de um ciclo contínuo de morte e renascimento, no qual vidas presentes e passadas estão interligadas.

4. Religião tradicional chinesa (aprox. 400 milhões de adeptos)

Esse termo “Religião tradicional chinesa” é usado para descrever uma complexa interação entre as diferentes religiões e tradições filosóficas praticadas na China. Os adeptos da religião tradicional chinesa misturam credos e práticas de diferentes doutrinas, como o Confucionismo, o Taoísmo, o Budismo e outras religiões menores.

3. Hinduísmo (aprox. 900 milhões de adeptos)

O hinduísmo abrange seitas e variações monoteístas e politeístas, sem um corpo único de doutrinas ou escrituras, é algo bem diferente do que estamos acostumados. Você encontra hindus principalmente na Índia e no Nepal onde eles representam mais de 80% da população.

2. Islamismo (aprox. 1,6 bilhões de adeptos)

Segundo projeções, daqui vinte anos, eles serão mais de um quarto da população mundial e vão superar o cristianismo.

1. Cristianismo (aprox. 2,2 bilhões de adeptos)

Os cristãos estão divididos em mais de 30 mil igrejas com diferentes doutrinas, regras e visões do cristianismo. Parece que não são tão diferentes assim dos indianos e chineses, né?

As mais numerosas são a católica, com mais de 1,1 bilhão, os protestantes, com 970 milhões, representando 40% e a ortodoxa, com 250 milhões. A católica é a com menos variações, ela possui 24 subdivisões com diferentes ritos. A ocidental chamada de Igreja Católica Apostólica Romana, aquela que você já conhece e outras 23 subdivisões nas Igrejas católicas orientais. Todas devem seguir os dogmas católicos, mas possuem liberdade para regras, seus ritos, suas disciplinas. Todas acabam se tornando diferentes umas das outras.

Já nos protestantes, essa divisão é muito maior. Algumas pesquisas apontam para mais de 30 mil seitas protestantes. Antes de prosseguirmos, vamos definir o que significa a palavra seita. Pois sei que posso ser condenado aqui por ter falado seitas protestantes.

Seita vem da palavra secta em latim = “secionar”, “dividir”, “sectar” ou seja, não é porque possui a palavra seita que é algo satânico. E se você pesquisar pelo termo “seita religiosa”, vai encontrar que a definição é “mais do que um grupo que diverge de um grupo dominante”. Neste caso, o grupo dominante são os católicos; os protestantes foram uma divisão disso que começou na Alemanha em 31 de outubro de 1517 por Martinho Lutero. Desde então, essa divisão continuou. Vou citar algumas das principais aqui para você entender um pouco como elas podem ser diferentes uma das outras:

1. Adventistas

Os adventistas sempre se destacaram pra mim por serem tão organizados e terem um sistema tão completo. Eles possuem escolas, universidades, hospitais, canais de TV e até cidades próprias.

Você deve lembrar eles por guardarem o Sábado.

Além disso, os adventistas acreditam na inexistência de separação entre corpo, alma e espírito, e por isso cuidam bastante da saúde. Eles são conhecidos por apresentarem uma mensagem de saúde que recomenda aos seus membros o vegetarianismo e a adesão às leis de saúde encontradas em Levítico 11. A obediência a essas leis significa abstinência de carne de porco, frutos do mar e outras carnes tidas como impuras. A Igreja também desestimula o uso de álcool, o abandono do tabaco e o desnecessário uso de outras drogas, lícitas ou ilícitas.

Os adventistas rejeitam o porte de armas e atividades em que seja necessário carregá-las. Durante a Segunda Guerra Mundial, vários adventistas alemães foram executados em campos de concentração ou mandados para manicômios por se recusarem a portar armas e trabalhar para o regime nazista de Adolf Hitler.

Eu já tive contato com diversos adventistas e todos eles sempre foram éticos e inteligentes. No entanto, sempre me senti julgado por eles. Apesar de na mesma época também ser protestante e frequentar igrejas derivadas da divisão batista, por não guardar o Sábado e seguir outras doutrinas deles, eu acabaria indo para o inferno.

1. Testemunhas de Jeová

Refutam a trindade e nãos acreditam que Jesus era o salvador e sim apenas um profeta como os muçulmanos também acreditam.

Estas se opõem ao serviço militar e à transfusão de sangue (pois, conforme a Bíblia entendida pelos semitas, no sangue está a vida e a vida é propriedade de Deus só).

2. Pentecostais

Originada no começo do século 20 por metodistas e batistas que queriam fazer um reavivamento nas comunidades protestantes.

A forma como eles faziam isso foi rejeitada pelo resto da comunidade protestante e eles passaram a constituir congregações próprias, autoclamadas pentecostais.

Os pentecostais foram os que mais se subdividiram em pequenos grupos.

Eu já frequentei igrejas pentecostais e são aquelas igrejas que você vê as pessoas dançando uns movimentos bem estranhos e falando umas palavras estranhas como se fosse aramaico ou algum outro idioma do Oriente Médio.

Algumas igrejas categorizadas como pentecostais:

    1. Congregação Cristã do Brasil
    2. Assembleia de Deus
    3. Deus é amor

Nessas duas últimas existem várias regras, pelo menos existiam quando eu frequentei as duas. Regras como a mulher não pode usar calça, não pode cortar o cabelo, o homem não deve usar calção na igreja e muitas outras que se não cumpridas era inferno na certa.

    4. Bola de Neve | A bola de neve é um exemplo muito interessante, pois foi criada em São Paulo no ano 2000 por um pastor surfista e marketeiro e já começa a criar uma divisão bem própria dentro do segmento protestante ao ponto de provavelmente deixar em breve essa categoria pentecostal. Isso porque eles pregam liberdade, a ausência de regras, costumes e dogmas religiosos para serem seguidos. Pregam que você pode ser salvo sem mudar radicalmente sua vida.

E falando em radical eles apoiam esportes radicais como surfe e skate e muito dos seus templos possuem decoração desses esportes como uma prancha de surf como púlpito.  Só nessa seita já são 650 mil membros em 4 países.

3. Neopentecostais

É uma reformulação das igrejas pentecostais que ocorreu nos anos 70.

Esse movimento absorveu costumes regionais e também costumes de outras religiões como candomblé e a umbanda.

Ensinamentos comuns em igrejas neopentecostais herdados das religiões africanas são: a batalha espiritual (confronto espiritual direto com os demônios), maldições hereditárias e possessão de crentes (domínio demoníaco sobre as pessoas, resultando em doenças ou fracasso). Entre outras coisas a igreja Universal é o maior exemplo disso, pois as vezes é difícil diferenciar uma sessão de descarrego da igreja para uma sessão de descarrego da Umbanda, as roupas e os ritos são extremamente parecidos.

As igrejas neopentecostais possuem a doutrina da prosperidade, onde as pessoas que fazem sacrifício, doações para igreja, são abençoadas com mais dinheiro.

Essa seita possui uma força de marketing bem mais forte que as outras segmentações do cristianismo protestante. As igrejas costumam comprar programas de TV para arrecadar fundos e conquistar novos fiéis.

Algumas igrejas categorizadas como pentecostais:

    1. Igreja Universal
    2. Igreja Universal do Reino de Deus
    3. Igreja Internacional da Graça de Deus
    4. Igreja Mundial do Poder de Deus
    5. Igreja Renascer em Cristo

Além dessas quatro existem metodista, ortodoxa, batista, luterana, anglicana e outras milhares de seitas.

Eu só te mostrei um pedacinho do que é.

Na grande maioria, cada igreja condena a outra, ou seja, se você não é da minha igreja e possui os nossos costumes, segue as nossas regras, você não está salvo e vai para o inferno.

Cada um tem certeza que está certo.

E sabe como eu sei disso? Eu vivi isso na pele. Por 17 anos eu fui cristão protestante e fui membro de diferentes igrejas, cada um na minha família pertencia a um desses tipos de seita, minha avó frequentava a Assembleia de Deus, uma igreja pentecostal categorizada evangélica, minha mãe frequentava a igreja Luterana, categorizada como protestante. Eu ia aos Sábados no culto de jovens da igreja Luterana, aos Domingos na escola dominical na Assembleia de Deus e a noite de Domingo novamente na igreja Luterana.

Mas eu não parei por aí, em um tempo de extrema pobreza minha mãe começou a frequentar a igreja universal, como falei antes uma igreja na categoria neopentecostal voltada a doutrina da prosperidade e com raízes em religiões africanas.

Eu tinha cerca de 7 anos quando ela começou a frequentar, eu fiquei tão assustado com o fim dos tempos que o pastor falava que eu distribuía meu lanche no recreio para quem aceitasse Jesus.

Eu queria que todos meus colegas da segunda série do ano primário fossem salvos, depois comecei a converter colegas de outras turmas.

Eu ficava sem meu lanche, mas ia para casa com a sensação de dever cumprido.

E pelos anos que se seguiram, até os meus 24 anos eu conheci muitas igrejas, muitas seitas diferentes dentro do cristianismo. E quase toda igreja condenava as práticas da outra.

Agora, por que eu te contei tudo isso?

Por que falei em tantos detalhes sobre essas duas ideologias religiosas?

Por que falei do Islã e o Cristianismo e me aprofundei um pouco no cristianismo?

Porque eu preciso que você comece a enxergar elas de cima, elas como um sistema ideológico e não como a verdade absoluta.

Eu não estou dizendo que elas não possuem verdades.

De fato uma ideologia pode possuir verdades e um bom propósito.

O problema é que ela só acontece na mente, ela não é reflexo da realidade, contudo toda ideologia parece verdade, pois a mente busca consistentemente por confirmações, ignorando todas contradições.

A prova disso é o quão fácil é espalhar uma fake news. Se tem pessoas dispostas a acreditar naquilo, elas vão compartilhar e acreditar sem nem pesquisar as fontes. Apenas porque a informação vai diretamente ao encontro do que elas querem ouvir, reforçando uma ideologia existente nelas, seja religiosa, política, de gênero, econômica ou social.

Vários exemplos como esse aconteceram nas igrejas que eu frequentei, os membros costumavam espalhar fake news que reforçavam suas crenças. Lembro de histórias malucas como um pastor na Africa que foi metralhado, mas nenhuma bala penetrou ele. Um pastor que ressuscitou a esposa que estava morta há 7 dias. E diversas outras histórias que se fossem verdades estariam em todas as mídias, contudo eu acreditava nelas.

Elas favoreciam as ideologias religiosas que possuía.

Fique atento para o mesmo não estar acontecendo com você.

Eu não quero te desconverter da sua religião atual, eu só quero expandir sua consciência para você ter uma visão menos distorcida da realidade e assim fazer uso da ideologia que o serve melhor e não ficar preso em uma só porque alguém disse pra você que ela era a verdade absoluta.

Inclusive isso é outra coisa que as ideologias têm em comum:

Ideologias são tidas como verdades absolutas, mesmo quando elas mesmas afirmam que não existe verdade absoluta. Um exemplo disso é o relativismo.

Falando em relativismo vamos falar um pouco sobre ideologias filosóficas:

Ideologia Filosófica

Eu vou falar superficialmente sobre as mais populares para você ver se se identifica com alguma delas:

1. Empirismo:

Defende que conhecimento vem apenas ou principalmente, a partir da experiência sensorial, ou seja, só é real aquilo que você pode ver, tocar, cheirar. Uma pessoa empirista é uma pessoa extremamente pragmática, uma pessoa que busca resultados práticos.

Uma pessoa que não se importa tanto com a razão e sim com fatos comprovados por intermédio da confirmação através de alguma experiência sensorial.

Eu pude ver, então é verdade, eu pude tocar então é verdade.

2. Racionalismo:

Ao contrário do empirismo o racionalismo afirma que o conhecimento é adquirido pela razão e não pela experiência sensorial.

O racionalismo afirma que tudo o que existe tem uma causa inteligível, mesmo que essa causa não possa ser demonstrada empiricamente, tal como a causa da origem do Universo.

Alguns exemplos de conhecimento racional são a música e a matemática, pois é universalmente válida.

Uma frase famosa do racionalismo é o “Penso, Logo existo”.

3. Relativismo:

O relativismo é o conceito de que os pontos de vista não têm uma verdade absoluta ou validade intrínsecas, mas eles têm apenas um valor relativo, subjetivo, e de acordo com diferenças na percepção e consideração.

O relativismo afirma que não existe verdade absoluta, contudo essa própria afirmação é retratada como uma verdade absoluta dentro do relativismo.

Alguns exemplos relativistas:

Um 9 se você enxergar de cabeça para baixo é um 6. Logo se duas pessoas estão de lados opostos cada uma vai interpretar a sua verdade de forma empírica, com base no que está vendo.

Contudo os dois estão certos do ponto de vista individual.

O que acha de após a morte de seu pai ou sua mãe você fazer um churrasco com cadáver deles?

Essa ideia parece totalmente imoral e incabível não é?

Você deve estar pensando:

Que merda é essa que eu acabei de ouvir?

Sério que tu realmente perguntou isso?

Dario, rei da Pérsia há 2.500 anos fez um experimento.

“Ele convocou os gregos que, por acaso, estavam presentes em sua corte e perguntou-lhes quanto eles exigiriam para comer os cadáveres de seus pais. Eles responderam, então, que não fariam isso por dinheiro nenhum no mundo. Mais tarde, na presença dos gregos, e através de um intérprete, de modo que pudessem entender o que estava sendo dito, ele perguntou a alguns hindus, de uma tribo chamada callatiae, e que, de fato, comiam os cadáveres de seus pais, quanto eles exigiriam para queimá-los. Eles proferiram um grito de horror e proibiram-no de mencionar coisas tão terríveis como essa..”

Esse é um trecho do livro “O que nos faz bons ou maus”. um livro que comecei a ler recentemente.

O que Dario queria provar nesse experimento é que todos, sem exceção, acreditam que seus próprios costumes nativos, e a religião na qual foram educados, são os melhores.

Você deve estar condenando agora mesmo essa tribo hindu por comer o cadáver de seus parentes, assim como você condena tudo aquilo que é diferente da sua visão de mundo.

O relativismo apesar de falho em alguns pontos, defende muito bem esse ponto.

Tudo é uma questão de ponto de vista, crenças, costumes.

4.  Estoicismo:

O estoicismo ensina o desenvolvimento do autocontrole e da firmeza como um meio de superar emoções destrutivas. Defende que tornar-se um pensador claro e imparcial permite compreender a razão universal, ou seja, ter uma visão mais clara do todo.

Estoicismo defendia a igualdade, mesmo na época onde a escravidão era algo comum eles defendiam a ideia que todas as pessoas são iguais independente da sua cor e sexo.

Estamos falando de uma filosofia criada 300 antes de Cristo, mas já defendia pontos de vista que ainda hoje são precários.

Um estoico de virtude alteraria a sua vontade para se adequar ao mundo e permanecer, nas palavras de Epicteto, “doente e ainda feliz, em perigo e ainda assim feliz, morrendo e ainda assim feliz, no exílio e feliz, na desgraça e feliz”, assim afirmando um desejo individual “completamente autónomo” e, ao mesmo tempo, um universo que é “um todo rigidamente determinista”.

Características do estoicismo:

1. Virtude é o único bem e caminho para a felicidade;
2. Indivíduo deve negar os sentimentos externos;
3. O prazer é um inimigo do homem sábio;
4. Universo governado por uma razão universal natural;
5. Valorização da *apatia, da* indiferença;

5.  Niilismo:

O niilismo é alicerçado no ceticismo, isento de regras e contra aos ideais das escolas positivistas e materialistas.

Essa ideologia defende a inexistência de fundamento metafísico para justificar a existência humana. Verdades absolutas e tradições alicerçadas não existem. Crenças e valores tradicionais são sem sentido e não tem utilidade na vida do ser humano, portanto são desnecessários.

O niilismo defende que nada possui sentido por si só, nós humanos que damos sentido às coisas baseadas em nossas ideologias.

Uma frase famosa dessa ideologia é uma frase do alemão Nietzsche onde ele diz: “Deus está morto.”

Essa frase é paradoxal. Deus, por definição, é eterno e todo-poderoso. Ele não é o tipo de coisa que pode morrer.

Então o que Nietzsche quis dizer?

Vários historiadores e filósofos chegaram a um senso comum:

O declínio irreversível da religião em geral, mas principalmente do cristianismo na civilização ocidental. O cristianismo está perdendo, ou já perdeu o lugar central que tem mantido nos últimos dois mil anos. Isto é verdade em todas as esferas: na política, filosofia, ciência, literatura, arte, música, educação, vida social cotidiana, e as vidas espirituais dos indivíduos.

Mas Alan, tu mesmo disse que existem bilhões de cristãos no mundo, não faz muito sentido o que ele disse.

Se você voltar 200 ou 300 anos entenderá que o mundo que vivemos hoje é completamente diferente daquele. O cristianismo era como o atual islã, estava em todas as esferas da sociedade e ditava praticamente tudo o que as pessoas faziam.

E é sobre esse declínio que ele se referia.

Eu ia falar sobre outras ideologias filosóficas, mas já deu para pegar a ideia.

Ideologia Política

Vamos finalizar esses exemplos com algumas ideologias políticas.

Primeiros vamos definir as famosas esquerda e direita.

1.  Esquerda:

A esquerda se caracteriza pela defesa de uma maior igualdade social.****

Normalmente, envolve uma preocupação com os cidadãos que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas.

O termo foi aplicado a uma série de movimentos sociais, especialmente o republicanismo, o socialismo, o comunismo e o anarquismo e na extrema esquerda temos movimentos de ditaduras em caráter marxista-leninista como na Rússia e na China.

Os partidos políticos de esquerda famosos aqui no Brasil são: PT, PSB, PDT, PSL.

Partidos supostamente de extrema-esquerda e conhecidos são: PSOL e PCB

2. Direita:

A direita descreve uma visão ou posição específica que aceita a hierarquia social ou desigualdade social como inevitável ou natural.

Os partidos de direita incluem conservadores, democratas-cristãos, liberais e nacionalistas, e os da extrema direita incluem nacional-socialistas e fascistas como o nazismo.

Os únicos partidos que se declaram de direita são Democratas, Progressistas, Partido Liberal, PSD,  PSC, PTB.

Agora que você tem uma visão breve sobre esquerda e direita, você precisa entender que ela não é simplesmente dívida entre essas duas posições. Como nas ideologias religiosas e filosóficas existe um espectro.

Esse espectro funciona assim.

Extrema-Esquerda, Esquerda, Centro-Esquerda, Centro, Centro-Direita, Direita, Extrema-Direita.

E dentro dessas 7 ideologias políticas existem muitas sub categorias.

Uma pessoa de extrema-esquerda abomina uma pessoa de centro-esquerda, pois essa está se contaminando com ideias de direita.

A maioria das pessoas nem sabe muito bem seu posicionamento político ou o porquê escolheram esse posicionamento, mas sua identidade está tão ligada a isso que ela briga com quem for contra seu posicionamento político.

Diversas brigas acontecem em grupos de família no WhatsApp e já quase uma norma estabelecida que em encontros de família e amigos ninguém fala de política, mas por que?

Não deveríamos fazer exatamente o oposto? Conversar sobre essas posições políticas para juntos, ponderando diferentes ideias, chegarmos mais próximo da verdade ou daquilo que pode funcionar melhor para nossa cidade, nosso estado ou nosso país?

Então por que existe tanta briga cada vez que alguém fala do Lula ou do Bolsonaro? Ou fala de esquerda e direita?

Simples, por um efeito colateral da ideologia: a polarização.

Toda ideologia possui um inimigo muito claro e ela costuma não apenas reforçar esse inimigo, mas demonizar esse inimigo. A ideologia torna o inimigo algo muito pior do que ele realmente é para gerar esse contraste ao ponto das coisas parecerem muito claras.

É preto ou branco, 8 ou 80 e dessa dualidade surge a violência causada pelas ideologias.

Quer um exemplo claro disso?

Nas campanhas para presidência de 2018.

A esquerda dizia que se Bolsonaro fosse eleito se iniciaria um estado fascista como foi na Alemanha e Bolsonaro seria o próximo Hitler.

A direita dizia que se Haddad fosse eleito iríamos virar a próxima Venezuela, teríamos que comer nossos próprios cachorros para não morrermos de fome.

Ambos apontavam para os extremismos de seus posicionamentos políticos para tornar o outro o vilão. Isso gera uma polarização e os menos informados acabam criando uma revolta contra seu adversário.

Logo o parente que fala que defende a esquerda, está defendendo virarmos a Venezuela e comermos os cachorrinhos, já imaginou que horror termos que assar o Tob, Max, Thor ou seja lá que nome você deu para o seu cachorrinho.

Já o parente que defendia a direita ia trazer a desgraça de uma versão brasileira do nazismo.

Os dois cenários são horríveis então acontece a polarização.

Percebe que tudo isso acontece apenas no campo da imaginação distorcendo a realidade?

Bolsonaro ganhou, e aí? Cadê as bandeiras vermelhas com a suástica?

PT ficou no poder por 14 anos e nem por isso viramos a Venezuela.

Isso é um exemplo claro do mal de nos tornarmos ideológicos, nós viramos extremistas daquele ponto de vista, de forma alguma cogitando ele possuir falhas, afinal ele é a verdade absoluta.

Cuidado com essas verdades absolutas, com esses posicionamentos extremistas e cuidado também com a abstenção.

Talvez você esteja aí pensando orgulhoso, é por isso que eu não discuto sobre política e voto nulo.

Saiba que abstenção e o desinteresse político levou a ascensão dos maiores genocidas ao poder.

Por que a Alemanha, o país com um dos melhores sistemas de educação pública e a maior concentração de doutores do mundo na época, sucumbiu a um charlatão fascista?

Em primeiro lugar, os alemães tinham perdido a fé no sistema político da época. Soa como Brasil pra você? As pessoas não acreditavam mais na democracia, eles encaravam a democracia como algo deficiente e que precisava de mudanças.

Um anti-político promoveria talvez mudanças de verdade. Muitos dos eleitores de Hitler ficaram incomodados com seu radicalismo, mas os partidos estabelecidos não pareciam oferecer boas alternativas.

Em segundo lugar, Hitler sabia como usar a mídia para seus propósitos. Contrastando o discurso burocrático da maioria dos outros políticos, Hitler usava um linguajar simples, espalhava fake news, e os jornais adoravam sugerir que muito do que ele dizia era absurdo. Hitler era politicamente incorreto de propósito, o que o tornava mais autêntico aos olhos dos eleitores.

Hitler não chegou ao poder porque todos os alemães eram nazistas ou anti-semitas, mas porque muitas pessoas razoáveis fizeram vista grossa, se abstiveram de defender o que elas consideravam que era certo.

A maioria dos alemães eram pacíficos, mas isso não impediu um pequeno grupo de radicais virarem o país de cabeça para baixo e trazerem a segunda guerra mundial causando 85 milhões de mortes, onde 50 milhões eram civis.

Além disso todo aquele discurso radical de ódio se concretizou, ele realmente perseguiu as minorias.

Dos nove milhões de judeus que residiam na Europa antes do Holocausto, cerca de dois terços foram mortos; mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens judeus morreram durante o período.

Não só os judeus foram alvo, mas tudo aquilo que era diferente.

Em busca de uma “raça pura”, além da perseguição contra judeus, o partido nazista argumentava que a homossexualidade significaria uma menor taxa de natalidade, com menos bebês alemães sendo gerados, e que também poderia ser hereditária, o que acabou gerando perseguição.

Além disso comunistas, socialistas e qualquer pessoa com ideologia diferente da nazista era perseguida, presa, torturada e muitas vezes morta.

É por isso que precisamos nos preocupar com o extremismo, com o radicalismo.

Porque sempre foram os radicais que causaram as maiores atrocidades da humanidade.

Quando olhamos para história, quando procuramos por todas as lições do passado, entendemos que não adianta a maioria serem pacíficos.

Quando você olha para a história da Rússia, a maioria assim como na Alemanha também eram pacifista.

Foi preciso pequeno número de radicais para Josef Stalin chegar ao poder e como consequência disso matar cerca de 20 milhões de pessoas principalmente de fome ao exportar todos alimentos de suas regiões para outros lugares.

Novamente a maioria pacifista foi irrelevante.

Quando você olha para a história da China, a maioria eram pacifistas também. Ainda assim eles foram capazes de matar 70 milhões ao comando de Mao Zedong. Entre 1966 e 1969, uma nova perseguição: a chamada Revolução Cultural caçou minorias, seguidores de qualquer religião e cidadãos delatados por questionar o regime. O país ficou cheio de campos de concentração, e as famílias eram obrigadas a pagar pela bala usada para matar os condenados.

Novamente a maioria pacifista foi irrelevante.

A história está cheia de acontecimentos como esses, só nas minhas pesquisas para esse episódio eu encontrei 19 genocídios como esses que eu falei nos últimos 200 anos e provavelmente encontraria muito mais ao olhar para os últimos 2000 anos.

Talvez você diga “agora vivemos em uma outra época, já aprendemos com o passado”.

Mas deixa eu te trazer alguns fatos:

Os muçulmanos radicais são estimados em ser entre 15% e 25% de acordo com todos serviços de inteligência ao redor do mundo.

Isso quer dizer que 75% deles pelo menos são pessoas pacíficas.

Contudo vamos assumir no cenário mais conservador e pegar a média entre 15 e 25%, ou seja, digamos que 20% são radicais. Levando em conta que hoje existe cerca de 1,6 bilhão de muçulmanos então um número conservador de extremistas seria de 320 mil indivíduos.

320 mil pessoas dedicadas a destruição da cultura ocidental e qualquer outra cultura ou governo que consideram uma ameaça a sua ideologia.

Vamos comparar com o número de soldados ativos com alguns países:

Inglaterra 81.500

Japão 247 mil

França 265mil

México 277mil

Brasil 334mil

Ou seja, uma ideologia religiosa, possui um exército maior que muitos países.

Um exercíto de pessoas radicais, dispostas a darem a vida delas por uma distorção da realidade, um vírus.

E esse número só vai crescer, estudos apontam que dentro de 20 anos o Islã vai ultrapassar o cristianismo e ser a maior religião do mundo com 25% da população mundial convertida a essa ideologia.

Vamos fazer os cálculos de novo?

A projeção da população mundial para os próximos 20 anos é de 9,2 bilhões de pessoas.

Se 25% forem muçulmanos seriam 2,3 bilhões de muçulmanos.

Se 20% forem radicais, então teremos 460 mil nesse exército do caos e da destruição.

Muito mais do que qualquer outro exército radical na história da humanidade que subiu ao poder.

E aí, qual a solução?

Vamos matar eles antes deles dominarem o mundo.

Isso não seria radical e extremista?

É bem possível que isso venha ser sugerido por algum líder político, mas como isso pode ser menos errado do que todos outros genocídios da história.

Os fins não podem justificar os meios, isso é exatamente o que a ideologia faz.

Todos genocidas tinham motivos aparente nobres para os massacres que causaram. E como toda ideologia, eles tinham motivos verdadeiros para usarem como base.

Mas o problema é nos tornarmos ideológicos e criarmos essa diferenciação entre nós e eles.

A solução dificilmente será violência, pois violência só gera mais violência.

Se você exterminar os radicais que representam 20% da população muçulmana, isso só vai deixar o resto indignado e com razão e bem possível que os 80% que restaram resolvam retalhar e ainda ganhar o apoio de outros grupos.

Qual a solução então Alan?

Consciência.

Deixa eu usar a própria ideologia contra ela.

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8:32

Se você se aprofundar na verdade, você será liberto, ou muito menos extremista.

A verdade, a consciência vai te libertar.

Tem uma frase de Albert Einstein que eu gosto muito que é:

“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”

Após expandir sua mente, você não consegue volta-lá ao normal.

Só o fato de você saber as informações que eu passei aqui já vão te deixar muito mais consciente antes de adicionar mais uma ideologia aí no seu sistema de crenças.

Só de ter escutado o que eu falei, tenho certeza que você vai julgar menos quando um país não for totalmente aberto a imigração de muçulmanos.

Agora você entende um pouco mais do todo.

Pare de assumir as coisas como verdades e comece a se questionar mais.

Eu me libertei das ideologias cristãs, pois eu me aprofundei na verdade.

Eu sou umas das poucas pessoas que conhecia no meio evangélico que tinha lido a bíblia de cabo a rabo, de capa a contracapa, começando em Gênesis 1:1 e terminando em Apocalipse 22:21.

E não foi só uma leitura foi um estudo, com aquelas bíblias grossas que quase cada versículo explicava as palavras originais e o que era o significado de cada coisa. Aquelas bíblias que continham o contexto histórico também.

Foram 2 ou 3 anos lendo, estudando e refletindo.

Mas eu queria mais, então comecei a ser mais ativo na igreja, indo de domingo a domingo, evangelizando, sendo ministro de louvor, visitando diversas igrejas diferentes para ficar mais próximo da essência.

Eu comecei a pensar de onde veio esses ensinamentos, esses dogmas, esses costumes?

Comecei a estudar a história da igreja evangélica, vi que se dividia da igreja protestante e a igreja protestante da igreja católica e a igreja católica de uma seita local no Império Romano.

Comecei a perceber que vários livros foram removidos e adicionados ao longo do tempo.

Muitos textos foram modificados, muitos costumes foram adicionados das culturas que cercavam o cristianismo e muito foi criado para manobra e domínio político.

Comecei a enxergar as ideologias criadas a partir de ensinamentos puros.

E é isso que as religiões são, ideologias criadas a partir de fragmentos do conhecimento puro, do conhecimento verdadeiro.

Eu acredito que Jesus foi um peça de marketing do Império Romano para fins militares, a ideia deles era unir as tropas, a maior parte dela era formada por escravos que estavam se convertendo as ideias distribuídas por Jesus e seus discípulos.

Então eles uniram as diversas religiões do seu povo em uma só e assim começou o catolicismo.

Acredito que nessa união de diversas religiosas muita informação foi corrompida.

Não existe nada escrito exatamente por Jesus e sim uma visão dos seus discípulos.

Uma visão que foi escrita e distorcida com o passar do tempo.

Contudo acredito que os ensinamentos de Jesus não poderiam ser inventados por marketeiros de Roma.

São ensinamentos que são totalmente contraditórios de uma ideologia.

Diferente do antigo testamento que tinham 10 regras e diversos costumes como carnes que não podiam ser consumidas e dogmas sociais agora Jesus resume tudo isso em um único mandamento.

Ama o próximo como a ti mesmo.

Quando os Fariseus foram apedrejar uma mulher por ter sido encontrada em adultério ele foi contra os dogmas daquela época e se colocou em risco demonstrando que aquele comportamento não fazia sentido uma vez que nós todos cometemos erros.

Uma pessoa que vai contra o senso comum divulgando mensagens de amor, consciência, sabedoria, com uma mente aberta, ainda mais em uma época e um lugar onde as pessoas eram extremamente conservadoras sobre seus costumes só poderia ser iluminada.

Jesus nunca falou que mulher só pode usar saia, homem não pode usar calção na igreja, a ceia precisa acontecer uma vez por mês no último Domingo. Isso são todos dogmas religiosos, regras que vieram depois.

A mesma coisa aconteceu com Sidarta Gautama, um ser tão consciente ou talvez até mais do que Jesus que teve seus ensinamentos também transformados em uma ideologia chamada Budismo.

Eu conheço muito pouco sobre Allan Kardec, mas provavelmente o mesmo aconteceu criando o espiritismo.

Pessoas que alcançaram um grau de consciência muito alto, ao ponto de serem chamadas de iluminadas que possuem suas ideias envelopadas em um sistema de crenças, regras e um inimigo em comum que viram ideologias.

E depois que viram ideologias começam a corromper a mente humana tornando crianças questionadoras em adultos obedientes.

É muito fácil de identificar um robozinho ideológico, eu já fui um então é só me descrever.

1. Tem a mente fechada, normalmente é arrogante, insiste com uma ideia e subestima a realidade. Você pode trazer fatos concretos, mas a pessoa se recusa a enxergar o óbvio e prefere e se apegar a informações claramente distorcidas. O terraplanismo é um exemplo claro disso.
2. Se recusam a se abrir para novas possibilidades, são muito sérios e tomam suas crenças de forma rígida.

O veganismo extremista é um exemplo de uma crença rígida. Já conheci pessoas que passaram mal e estavam com muita vontade de comer algo, mas não comeram só para não perderem o título de vegano.

3. Tem pensamento binários, preto ou branco, 8 ou 80. Ou é aliado ou é inimigo.
4. Se ofende facilmente com opiniões contrárias.
5. Normalmente são pessoas com pouca inteligência emocional, que deixam se controlar facilmente por suas emoções.
6. Normalmente encaram o questionador como portador de uma ideologia contrária.
7. Possuem discurso de ódio.

Essas são algumas características de uma pessoa que tem uma ideologia extremamente ligada a sua identidade.

Ideologias governam a vida daqueles que as tem, como um vírus, e o hospedeiro é a mente humana.

Elas formam uma “bolha de realidade” as pessoas lêem livros, tem amigos no Facebook, assistem vídeos no YouTube, seguem pessoas no Instagram que confirmem suas crenças e assim ficam presas nesse mundo e não expandem suas perspectivas.

Ela nos prende em uma única perspectiva e nos torna intolerantes, em casos extremos até violentos.

Como eu disse antes é da ideologia que surge a divisão, a polarização, o nós versus eles e a terrível frase: os fins justificam os meios.

A ideologia corrompe até mesmo a ciência, pois um cientista precisa ser radicalmente mente aberta, mas em grande parte dos casos eles estão em busca de confirmações de uma crença já existente. De uma ideologia que já possuem.

Um cientista cristão vai sempre tentar buscar provas que Deus existe.

Um cientista ateu vai buscar provas que Deus não existe.

Fora isso dentro da ciência mesmo existem muitas ideologias que eu posso me aprofundar em um episódio futuro.

Você precisa entender que a ideologia é inversamente proporcional a consciência, ela é o contrário da sabedoria, presença, amor incondicional, mente aberta, estar aberto a experimentar o novo.

Minhas Ideologias

Eu não sou especial, não sou um ser iluminado, pelo menos ainda não sou.

Assim como você, eu também tenho várias ideologias e aqui vão algumas:

Eu acredito que possa existir uma consciência superior, mas ainda não consigo defini-la. Eu não acredito no deus do Oriente Médio, o deus dos judeus, do Islã e do cristianismo, que é basicamente o mesmo, mas com pequenas variações.

Eu já tentei, seria muito mais fácil para mim acreditar em algo já pronto, mas simplesmente não consigo.

É como pedir para um adulto voltar a acreditar em Papai Noel depois de descobrir que na infância toda ele foi sempre o Tio Alfredo. É simplesmente impossível para mim.

Logo, possuo uma ideologia agnóstica, atualmente agnóstica ateísta.

Ou seja, não acredito em Deus, mas não nego que possa existir e estou em busca de encontrá-lo.

Algumas pessoas confundem o fato de eu não ser religioso ou não acreditar em uma religião com a falta de espiritualidade, mas hoje me considero ainda mais espiritualizado do que antes.

Isso porque hoje estou diariamente em contato com meu eu lendário.

Se você é cristão, pode chamar isso de eu lendário como Espírito Santo. Se é ateu, pode chamar isso de consciência moral.

Meu eu lendário são meus valores e minha missão de vida. É isso que defino como minha essência e como estou muito mais presente com ela hoje, sinto que estou mais presente com todo o resto.

É difícil de explicar, mas é como se cada vez que me amo mais, me respeito mais, me conheço mais, mais tenho capacidade de fazer o mesmo com todo o resto, com o meio ambiente, com os animais, com as pessoas.

Então, se você é religioso e teme por minha alma, não se preocupe, estou bem.

Também acredito que existem verdades absolutas, mas a maioria das coisas que afirmamos ser verdades absolutas são apenas pontos de vista.

Logo, possuo a ideologia filosófica relativista.

Assim como o relativismo, acredito que quase todo significado que atribuímos às coisas é baseado em nossas ideologias, e que as coisas em si não têm um significado nem propósito.

Por exemplo, uma pedra em si não tem significado, mas quando a lapidamos, ela se torna uma mesa ou um vaso, e então atribuímos um propósito a ela.

Essa é também uma máxima da PNL (Programação Neurolinguística) no processo de ressignificação: entender que algum acontecimento não tem um sentido em si, e que todo sentido que ele possui para nós foi atribuído por nós mesmos.

Levando em consideração esses e outros pensamentos que tenho, eu também me considero um niilista positivo, ou seja, acredito que nada possui sentido ou propósito, mas não vejo isso de forma depressiva; para mim, é libertador e criativo.

Se nada tem sentido ou propósito, posso dar o sentido e propósito que quiser às coisas.

Também acredito que quem controla suas emoções deixa de ser escravo delas, e encontrei isso no estoicismo. Muitos dos pensamentos que já praticava antes mesmo de conhecer essa filosofia de vida.

Uma ideologia que me chamou muito a atenção ao longo dos anos foi o minimalismo e o essencialismo, e de minha forma, pratico ambos conscientemente em meu dia a dia. Até ouço um áudio chamado “Eu sou essencialista” todos os dias pela manhã, que coloquei no Spotify, para me lembrar dos conceitos essencialistas.

Devo ter outras ideologias filosóficas que desconheço ou que não me recordo agora.

E sobre política, bom…

Eu já fui de esquerda, lembro que me emocionei na posse do Lula.

Eu tinha pensamentos comunistas como, o dinheiro dos ricos deveria ser compartilhado.

O governo deveria suprir todas as necessidades do povo e por aí vai.

Eu cresci, conheci o mercado de trabalho, comecei a virar empresário e comecei a entender como a economia funciona.

Aos poucos fui mudando minha mentalidade.

Comecei a valorizar a meritocracia, comecei a pagar muito imposto e ver ele sendo mal utilizado e depois de navegar bastante no espectro ideológico político hoje eu me considero de Direita Libertária, eu ainda tenho minhas objeções e meus questionamentos quanto a essa ideologia.

Ainda tenho diversas preocupações de igualdade e favorecimento que trouxe comigo da esquerda, mas se você me obrigasse a escolher um lado hoje seria direita libertária e é claro sem extremismo e tentando me colocar no lugar de todos que discordam dessa ideologia.

Se você quer saber mais sobre essa ideologia política procure por Ideias Radicais no YouTube o Raphael vai explicar ela pra você muito melhor do que eu.

Eu também acredito muito em liberdade e que o conhecimento é a arma mais pacífica e eficiente para alcançarmos todo o tipo de liberdade.

Logo eu sou um amante do conhecimento também conhecido como filósofo.

Eu adoro me aprofundar nos assuntos e trazer eles para a vida real, colocar em prática no meu dia a dia.

Essas são algumas das minhas ideologias, não me julgue certo ou errado por possuí-las.

Nem se julgue certo ou errado por possuir as que você tem.

Isso seria ideológico e o que estamos tentando aqui é fugir disso.

Ao invés disso se pergunte.

Essas ideologias que você tem, te servem bem?

Você se sente feliz com elas ou elas te incomodam?

Por exemplo, você briga com seus colegas de trabalho, briga com seus familiares defendendo elas.

Se isso acontece elas não estão te servindo muito bem.

Primeiro, pare de tentar mudar os outros porque eles não enxergam o mundo como você enxerga.

Mudar você mesmo já é bem difícil.

Não estou dizendo para você não discutir sobre política, religião ou qualquer outro tipo de ideologia.

Mas faça isso com as pessoas certas, só discuta ideologia com alguém mente aberta.

E grave essas palavras: Não existe cura para mente fechada.

Semana passada eu estava conversando com um neurocientista sobre os níveis de cognição humana, 51% das pessoas são incapazes de discutir sobre ideias complexas.

São simplesmente incapazes.

Então você puxou o assunto, gerou briga, esquece.

Com essa pessoa você não conversa mais sobre isso.

Tenha em mente que é mais fácil enganar as pessoas de que convencer do que elas foram enganadas.

De uma forma geral as pessoas não querem a verdade, na verdade é só olhar a sua volta, as pessoas estão todas de cabeça baixa, olhando para uma tela, passando o dedão pra cima ou pro lado.

Se distraindo, tentando fugir da realidade.

Por isso não jogue pérola para os porcos.

Jesus mesmo disse isso em Mateus 7:6.

“Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão.”

Se você fizer uma pessoa com um baixo nível de consciência se questionar, você vai estar cavando a sua cova. Ela vai assumir o que você falou como uma ofensa e vai começar a te enxergar como inimigo.

Deixa ela lá no mundinho dela, não é tão fácil de achar, mas tem várias pessoas inteligentes e dispostas a trocar ideias de uma forma aberta com você, é só procurar.

Quando eu percebo que uma pessoa é muito ideológica, eu tento dar pequenas alfinetadas.

Diferente do que eu faço com você aqui no podcast que é dar tapas.

Se a pessoa aceita as alfinetadas eu vou avançando bem calmamente, se ela não aceita nem as pequenas alfinetadas. Não vou ser eu que vou estourar o ego inflado dela, deixa ela apanhar um pouco mais da vida para poder baixar a bola.

Eu gosto de ter pessoas ao meu redor que possuam a mente aberta e cultivam virtudes lendárias. Logo se a pessoa tem o ego inflado, eu faço questão de me afastar dela e eu recomendo que você faça o mesmo, nada de bom você pode esperar de uma pessoa que nutri valores medíocres.

Mas Alan, não é minha obrigação como um pessoa mais consciente levar luz para ela?

Lembre-se de daquela passagem ali de jogar pérolas para os porcos.

Se mesmo nós, que queremos mudar já encontramos muita resistência para isso, imagina uma pessoa que não quer mudar, pois acha que está certa.

Desapega, foca na sua mudança e sirva de exemplo para que talvez um dia essa pessoa também queria a transformação que você teve.

Desconstruindo as ideologias

Alan, conseguiu me convencer, como eu retiro esses vírus, como eu acabo com as ideologias que existem na minha mente?

Primeira coisa que você precisa saber é que não será nada fácil.

É doloroso remover uma ideologia, pois é quase literalmente um parasita impregnado em você.

É difícil conseguirmos distinguir o que somos nós e o que são esses conjuntos de crenças que foram instalados em nossa mente.

A única forma de acabar com uma ideologia própria é a desconstrução dela, normalmente um processo lento e trabalhoso.

Eu já ajudei você a avançar uma boa parte desse caminho aqui, pois o primeiro passo é começar a ter consciência que você possui ideologias e se você está se perguntando como removê-las ou abrandá-las eu já fico muito feliz, pois meu trabalho com esse podcast teve êxito.

Eu não tenho uma fórmula pronta para isso, mas eu posso contar o que funcionou para mim.

Basicamente eu comecei a me questionar a um nível profundo sobre todas as crenças que eu possuía.

Tem um exercício do budismo muito bom para isso que se chama mente de principiante, também conhecido de mente zen.

Assuma que você não sabe nada. Nada mesmo.

Comece a se questionar coisas básicas.

Vamos usar como exemplo um posicionamento político.

Digamos que você se considera de direita.

Por que você se considera de direita?

O que é direita?

Daí você vai responder alguma coisa e a pergunta que você deve fazer é: Será?

Então busque informações em diferentes canais, em diferentes línguas, pois até a língua influencia na forma como conectamos ideias.

Descobriu um fundamento forte sobre o que é a direita?

Agora quais princípios e valores da direita você se identifica?

Será que esses valores simplesmente não reforçam outras ideologias?

Exemplo: A direita costuma ser conservadora no que diz respeito a religiosidade, será que não é por isso que você é de direita? Pois você não acredita em casamento gay e o pessoal de esquerda quer liberar isso?

Por que casamento gay é errado?

Esqueça a bíblia, lembre-se mente de principiante.

Vá se questionando em um nível muito profundo, sempre que aparecer uma crença questione ela e vá pesquisar.

Isso ajudou a reconhecer e a desconstruir diversas ideologias que eu tinha.

Outra dica é, se exponha a diferentes pensamentos e pessoas.

Eu tenho muito orgulho do time que eu construí lá na empresa.

Nós temos de tudo, tem pessoas de várias religiões diferentes: ateístas, católicos, evangélicos, espíritas, muçulmanos e várias outras.

Existem pessoas de tudo que é raça, índio, negro, branco, asiático, alemão.

Pessoas de diversos estados diferentes e agora até mesmo de uma nacionalidade diferente.

Pessoas de esquerda, pessoas de centro-esquerda, centro-direita, direita.

Lá temos héteros, Homo, bi e tudo que você possa imaginar.

E todos lá podem ser quem são sem nenhum tipo de discriminação, sem julgamentos.

É um ambiente com muita diversidade.

Minha mente se abriu muito ao conviver com tantas pessoas diferentes e é algo que eu recomendo pra você também.

Fique atento as suas próprias ideologias e tente desconstruir elas assim que elas nascem.

Sempre que você se sentir ameaçado ou com raiva por algo que você viu, ouviu ou pensou isso é um sintoma de uma ideologia que existe dentro de você.

Raiva é um veneno, é como tomar um ácido que te corrói de dentro para fora.

Lembre-se desta frase: “As pessoas podem ser literalmente envenenadas por falsas ideias e falsos ensinamentos”, de Alfred, autor do livro “A ciência e a arte da engenharia humana”.

Até aqui, o Vida Lendária, este podcast, se você simplesmente ouvir todas as semanas, mas não colocar a mão na massa, pode se transformar em uma ideologia para você. Você começará a aceitar o que eu digo como verdade sem questionar e ficará irritado se alguém duvidar de você quando você simplesmente repetir o que eu disse. Não faça isso!

Pesquise, aprofunde-se, questione. Temos a tendência de substituir uma ideologia por outra. Eu mesmo, quando consegui deixar o cristianismo, virei um ateu ativista, falando mal dos cristãos e tentando pregar o ateísmo. Depois disso, encontrei na filosofia e na ciência um caminho para abrir novamente minha mente para o sobrenatural e para o desconhecido.

Atualmente, ainda sou muito cético, mas estou aos poucos me abrindo para o novo e sempre que percebo que uma das minhas ideologias quer tomar conta, dou um choque de realidade nela, expondo-me a pensamentos contrários, mas que fazem sentido.

Tente ver as ideologias como ferramentas. Imagine uma prateleira onde em cada coluna você tem uma seção: seção religiosa, seção política, seção filosófica e assim por diante. Experimente cada um desses “óculos” para ver qual se encaixa melhor em você e com o qual você consegue enxergar melhor.

Lembre-se de que todos esses “óculos” distorcem a realidade, mas sem eles você não consegue enxergar nada. É melhor enxergar algo do que não enxergar, certo? Mas entenda que eles são apenas “óculos”; eles não são você.

E, mais importante, lembre-se sempre de que eles têm defeitos. Cada “óculos” mostra apenas uma pequena parte da verdade, mas você não pode usar todos ao mesmo tempo. Portanto, é necessário que pessoas usem diferentes “óculos” da mesma seção para se obter uma visão mais clara da realidade.

Com essa analogia, eu encerro este episódio sobre A Sombra da Ideologia.

Se você conseguiu realmente se desconstruir ao escutar o episódio “Quem é você?”, parabéns! O conteúdo deste episódio representa a desconstrução em um nível mais profundo, o nível 4 das suas crenças, que é o que faz você ser quem é.

Agora, você tem mais uma ferramenta no seu arsenal da arte de matar sua versão atual, na arte de aprender a morrer.

Você não tem ideia da vida maravilhosa que pode ter se conseguir desconstruir suas crenças atuais e substituí-las por crenças virtuosas, crenças lendárias.

Se me perguntassem o que me fez ir de pobre extremamente arrogante para rico muito menos arrogante em menos de 2 anos, eu diria que foi escutar o episódio A Sombra da Ideologia, que você acabou de ouvir. Basicamente, eu troquei as crenças que não me serviam mais por crenças virtuosas, crenças de abundância, crenças lendárias.

Não esqueça de compartilhar este conteúdo com pessoas de mente aberta para ajudá-las a se libertar das ideologias que podem estar atrasando o desenvolvimento delas. Converse sobre o que ensinei aqui juntamente com elas.

Quanto mais pessoas você puder conversar abertamente sobre esse assunto, mais fácil será identificar e desconstruir as ideologias que existem em você.

Eu criei um artigo no meu blog com a transcrição deste episódio e as referências dos meus estudos. Também há um PDF para você baixar com perguntas que vão te ajudar a refletir sobre suas ideologias. Para baixar, basta digitar [vidalendaria.com.br](http://vidalendaria.com.br/) (tudo junto e sem acento) e procurar pelo post chamado “A Sombra da Ideologia”.

Obrigado por compartilhar seu tempo comigo durante este episódio e por possibilitar que eu pratique minha missão de expandir sua consciência e te deixar um passo mais próximo de viver uma vida com mais significado, uma vida lendária.

Te ajudar me energiza e dá mais sentido para a minha caminhada.

Então, de coração, obrigado por estar nessa jornada lendária comigo.

Te vejo no próximo episódio.

Até mais.

Escrito por,

Alan Nicolas

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