“Existe um gênio dentro de você só esperando ser despertado para tornar seus desejos realidade.”
Esta é uma daquelas frases aparentemente bobas e sem sentido algum que você recebe de um parente no grupo da família no WhatsApp.
Mas ela esconde uma profunda verdade: …
Dentro de você existe um gênio, existe uma zona de genialidade.
E se você descobrir, desenvolver e atuar nela, com certeza seus sonhos atuais ficarão pequenos perto do que você realizará.
Mas ainda mais importante do que as conquistas materiais que você vai alcançar, é como você vai se sentir. O sentimento de atuar na zona de genialidade é um sentimento de plenitude, como se você estivesse completo apenas pelo ato de fazer.
As conquistas e os sonhos realizados serão apenas uma consequência.
E eu digo isso por experiência própria.
Se parece bom demais para ser verdade?
Fique comigo até o final desse episódio que eu vou te mostrar o que eu aprendi até agora nessa jornada sobre Zona de Genialidade.
Eu sei que você acabou de ouvir isso na vinheta do podcast, mas agora com mais ênfase: seja muito bem-vindo e bem-vinda de volta!
Eu sumi por um tempo daqui e prometo tentar não fazer isso de novo. Agradeço por cada mensagem que recebi com solicitações para os episódios voltarem, isso mostra que o trabalho que estou fazendo aqui está gerando um impacto positivo nas pessoas que escutam, e eu fico muito feliz por isso.
Precisei desse tempo para entrar em um casulo, refletir, ter um momento de introspecção e me desapegar de uma versão minha que criei com tanto esforço e carinho… mas que já havia cumprido seu papel, e não era a versão que me levaria pelo caminho que sinto que preciso trilhar.
Preste atenção no que acabei de falar: sinto que preciso trilhar esse caminho. Pois no final do episódio você vai entender.
Eu precisava desse tempo para sair do casulo preparado para novos desafios, uma nova versão de mim mesmo e um novo caminho. Aos poucos, vou falar sobre isso nos episódios, e se você me acompanhar aqui, vai entender melhor o que estou falando.
Aprender a morrer é uma arte. Desapegar daquilo que você identifica como seu “eu” é muito difícil, como expliquei no episódio 3. A versão do Alan que gravou os primeiros 7 episódios morreu, mas seu propósito e valores não. Propósitos e valores são muito maiores do que uma identificação do seu ego; eles são a sua essência. Talvez você não conheça seu propósito e valores, mas eles existem dentro de você.
Meu propósito de viver uma vida lendária e compartilhar meus aprendizados dessa jornada com você está aqui, presente, ardendo. E hoje, quero compartilhar com você uma das maiores descobertas que fiz na minha vida: existe um gênio dentro de você, assim como existe propósito e valores, mesmo que você não os conheça. E eu quero compartilhar como venho descobrindo o meu.
Se você ouviu o episódio 7 de “Uma mente milionária”, sabe que existem 4 zonas.
A zona de incompetência, que eu carinhosamente chamo de zona de merda, é aquela em que você tem dificuldade para executar, mesmo se esforçando. É algo que outra pessoa faria melhor que você. Ou seja, aqui você só faz merda.
Alguns exemplos pessoais:
– Processos repetitivos: sou muito ruim para fazê-los e fico entediado, então começo a fazer merda, mas outras pessoas conseguem.
– Fazer as coisas em ordem: tenho muita dificuldade para isso. Quando era criança, não escrevia o alfabeto do A ao Z, mas começava no A e ia até me entediar, voltava do Z até a metade e depois completava. Sim, não consigo seguir a ordem alfabética.
– Escrevo a conclusão primeiro em muitos textos, começo livros pelo último capítulo e leio vários livros ao mesmo tempo, porque fico entediado lendo apenas um. Preciso fazer uns 4 projetos ao mesmo tempo, pulando etapas neles.
Ou seja, se você quer algo feito de A a Z, com um começo e um fim, talvez eu não seja a pessoa certa para isso.
Provavelmente sou uma das piores pessoas para se contar com organização. Eu sou apaixonado pela aleatoriedade e não posso negar que tenho uma queda pelo caos, pois ele permite que o novo possa acontecer e eu gosto de inovar. Agora, imagine se eu quisesse ser bibliotecário. Imagine a bagunça que seria a biblioteca. Qualquer profissão que exigisse seguir um processo muito específico me frustraria e eu não seria capaz de entregar o meu melhor.
Outra dificuldade latente em mim é seguir ordens de outras pessoas. Eu questiono tudo, o tempo todo, e quando digo o tempo todo, é quase o tempo todo mesmo. Sabe aquela criança que pergunta “por quê?” o tempo todo? Ela ainda está bem viva dentro de mim.
Então, tenho muita dificuldade em seguir ordens, principalmente se elas são claramente sem sentido ou burras. Agora, imagine esse ser questionador e rebelde tentando servir na Aeronáutica.
Meus amigos todos serviam e tocavam na banda da base aérea da minha cidade, e como eu também era músico, eu queria entrar lá e ir para a banda. Meu pai me levava lá todos os anos para ver a Esquadrilha da Fumaça e assistir aos paraquedistas saltando, então eu tinha a base aérea como uma boa lembrança e possibilidade de seguir carreira como meus amigos estavam fazendo. Decidi que também iria servir e tentar seguir carreira lá.
Eu treinei por 14 meses, correndo 5km todos os dias, fazendo reflexão e abdominal. Aprendi a tocar percussão e clarinete, porque não poderia tocar teclado ou guitarra lá.
Passei em todas as provas físicas e mentais, mas isso não foi suficiente.
Como eu queria muito entrar, pedi para minha mãe falar com todas as pessoas que ela conhecesse para me ajudar.
Ela falou com 2 sargentos e ambos concordaram em me ajudar a entrar. No entanto, eu sempre penso: por que parar por aí?
Então, consegui o contato de um oficial e ele pediu para ter uma conversa comigo antes de me indicar. Como frequentávamos a mesma igreja, eu tinha certeza de que ele iria me ajudar.
No dia em que sairia o resultado de quem havia entrado, ele pediu para eu ir falar com ele.
Antes de dizer qualquer coisa, ele me fez várias perguntas:
O que eu gostava de fazer?
Como eu gostaria que fosse meu futuro?
Confesso que algumas perguntas eu não estava preparado para responder naquele momento, porque simplesmente não tinha refletido sobre elas.
No final, ele me disse que, apesar de eu ter passado em todos os testes, eu não seria selecionado naquela turma. Ele me falou que a base não era o lugar para mim, e que eu deveria estudar para ser programador ou até mesmo abrir meu próprio negócio.
Mas, se eu continuasse convicto dessa decisão, em 6 meses, quando abrisse uma nova chamada, eu seria o primeiro da turma a entrar.
Eu saí de lá chorando e com muita raiva dele. Eu treinei por 14 meses, já conhecia todo mundo lá dentro e já havia feito amizades com as pessoas certas. Tudo estava esquematizado.
Eu já sabia todos os truques, como eles falam lá dentro.
E então, ele jogou um balde de água fria no meu sonho de servir. Eu pensei: “Vou ter que esperar 6 meses agora por causa desse oficial desgraçado. Já estava tudo certo!”. Passei dias me culpando, pensando que agora teria que esperar mais 6 meses para entrar.
Bom, eu não servi, e esse oficial me salvou de meses de frustração, pois eu com certeza seria um dos piores militares da turma. Hoje, agradeço por ter tido essa conversa com ele. Eu não me conhecia o suficiente para saber que seria um péssimo militar.
Esses são apenas dois exemplos que dei. A verdade é que a zona de fracasso é muito maior do que a zona de sucesso, pois existem muito mais coisas que somos incapazes de fazer por natureza do que coisas que somos capazes.
Sabe aquela frase motivacional: “Você pode ser o que quiser”? Esqueça essa bobagem, você não pode ser o que quiser. Se você tem 2 metros de altura, nunca será um jóquei profissional. Se você tem 1 metro e 50, nunca será campeão olímpico de natação, não importa o quanto treine e seja talentoso.
A verdade é que você não pode ser o que quiser, mas nem deveria. Você pode e deve sonhar em ser o gênio que nasceu para ser. E aqui não estou falando de predestinação.
Seja no que for que você acredita – Deus, uma força maior ou no simples caos que levou partículas a colidirem, explodirem e expandirem formando o universo – independente do que seja, uma coisa que você concordará é que você é único.
Essa sopa de átomos e coleção de experiências que formam você é única.
Ser único significa carregar o potencial de entregar algo que apenas você pode entregar, então por que você continua tentando entregar o que os outros entregam? …
Por que você continua tentando se encaixar? ….
Ao tentar se encaixar, a única vida que você vai conseguir é uma vida medíocre, pois você vai operar nela na zona de competência.
A zona de mediocridade é muito fácil de identificar – você simplesmente não é o melhor naquilo que faz.
Mas mesmo assim, muitas pessoas ficam presas aqui, seja por ego, orgulho ou ignorância, e se você está atuando na zona de mediocridade, você não está gerando valor, você está apenas entregando o mínimo necessário.
Pare de fazer isso!
Agora vamos para a zona de excelência, que eu chamo de zona de gênio:
Nela, você consegue executar a atividade melhor do que qualquer outra pessoa.
Aqui é onde poucas pessoas estão, elas são tão boas que não precisam se preocupar com concorrência, elas criam sua própria concorrência.
Executam o que precisam ser executado, mas não se contentam com isso – buscam sempre melhorar e inovar.
Sabe aquela sensação de estagnação, de que não importa o quanto você se esforça parece não sair do lugar? Talvez seja porque você está atuando na zona de mediocridade. Saia dela e vá em busca da sua zona de excelência.
Você não está mal, mas sente que poderia estar melhor, só que parece que as coisas simplesmente não andam?
Esse é um dos efeitos colaterais de atuar na zona de mediocridade.
Você é mediano e, por ser mediano, entrega no máximo o suficiente.
O suficiente para passar de ano, o suficiente para sobreviver, o suficiente para pagar as contas.
E aqui eu quero te fazer uma provocação.
O suficiente basta?
Em um mundo abundante, com diversas possibilidades.
Em um mundo que clama por você ser quem nasceu para ser.
Será que apenas ser o suficiente é o bastante?
Eu sempre gostei muito de música. Quando comecei a frequentar a igreja evangélica, comecei a ter uma aproximação maior com músicos e descobri que alguns deles ensinavam de graça.
Eu não tinha condições de comprar. Na época, meus pais estavam desempregados e eles também não tinham condições de comprar para mim.
Então, eu peguei um pedaço de madeira, preguei 6 pregos em uma ponta, 6 pregos na outra e, com a faca, fiz a marcação de onde ficariam os trastes do violão. Passei uma linha de lã de ponta a ponta para poder treinar os acordes.
Consegui uma folha que tinha 3 acordes: sol, ré e dó.
E ali fiquei treinando os acordes. Minha mãe se compadeceu de mim e conseguiu um violão bem velho e surrado para mim. Ele estava tão empenado que eu mal conseguia fazer as notas, mesmo forçando muito os dedos, mas já era melhor que meu pedaço de madeira com pregos e lã.
Com esse violão, eu já consegui começar a ter aulas. A primeira aula que recebi foi do “Parabéns para Você”. Eu sempre fui muito dedicado e, no final do dia, já tinha aprendido a tocá-la.
Mostrei no final do dia ao músico e ele gostou da minha dedicação, então começou a me ensinar. Como eu era muito empenhado, logo já me chamaram para tocar nos cultos que tinham poucas pessoas e, como eu estava sempre lá, aos poucos começaram a me chamar para cultos maiores.
Eu não era bom, tinha muita dificuldade para memorizar as notas e para pegar o tempo da música.
Lembro que ficava semanas ensaiando uma música e esse meu amigo que me ensinou a tocar chegava para o ensaio sem nem conhecer direito a música e era só escutar a melodia uma vez para sair tocando toda ela.
Recorrentemente eu precisava pedir as notas da música durante a música para o meu baterista, sim, o baterista sabia as notas e eu não. Obrigado pela força, Ricardinho!
Para compensar essa minha ruindade nata, recorri então aos estudos para compensar minha falta de habilidade.
Estudei muito sobre composição musical e escalas. Para me aprofundar mais, fui para o piano e logo percebi que muita gente precisava de ajuda com coisas que para mim estavam ficando básicas, como arpejo ou solo em uma escala diatônica.
Logo comecei a dar aulas e a tocar em bandas cada vez maiores.
Mas sabe o que eu notei?
Meu esforço me levou da zona de incompetência para a zona de competência, ou seja, da zona ruim para a zona mediana, mas eu dificilmente sairia dali. Eu era bom o suficiente para ensinar e para tocar em algumas bandas, mas só isso, apenas o suficiente.
Não tenho dom para música, não nasci com uma habilidade nata para isso. Dói dizer isso, porque amo música e ainda toco de vez em quando no meu piano, mas nunca seria um grande músico, mesmo se me dedicasse muito a isso.
Refleti sobre isso quando, em um evento da igreja, precisei decidir entre tomar uma água e ficar sem a passagem para ir embora ou ficar com sede e ir para a parada de ônibus.
Peguei uma garrafa de água vazia no lixo da cantina, lavei no banheiro, enchi de água e fui para a parada.
E eu pensei: e se eu colocasse todo esse esforço em algo que eu realmente fosse bom, talvez eu começasse a ser bem pago por isso.
Que insight incrível.
Num domingo, às 18h, num calor infernal, num ponto de ônibus em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, esperando um ônibus lotado que levaria 1h30 para me deixar na outra igreja onde eu também ia tocar, tive esse insight.
E se eu colocar energia em algo que eu realmente seja bom?
Eu não tinha noção do que eu era naturalmente bom, mas sabia que como músico não era.
Um problema nosso é querer escolher algo que sejamos bons e insistir nisso. Como eu saí da zona ruim para a zona mediana como músico, você também pode evoluir, mas só até certo ponto.
Enquanto isso, se você colocar energia na sua zona de genialidade, você vai de forma natural gerar uma contribuição muito maior.
Imagine que desperdício seria se Leonardo Da Vinci tivesse ficado trabalhando a vida toda como lavrador para o seu padrasto, porque ele tinha teto e comida lá.
Imagine se Albert Einstein tivesse seguido os passos do pai e virado um empresário. É provável que tivéssemos perdido toda a genialidade que ele conseguiu expressar através da matemática e da física.
Será que ser príncipe não é o suficiente?
Mas imagine se Sidarta Gautama tivesse aceitado ser apenas um príncipe.
Isso é mais do que suficiente para muitos, eu diria para a maioria, mas não para ele.
Em busca da erradicação das causas do sofrimento humano e de todos os seres, ele abdicou do trono e até hoje seus ensinamentos como Buda são amplamente compartilhados.
Talvez Jesus até fosse um bom carpinteiro.
Mas imagine que desperdício seria se Jesus não tivesse sido quem nasceu para ser. Independente se você acredita nele ou em Buda, existe um legado e eles deixaram uma marca positiva no mundo. Mas e se Jesus tivesse continuado sendo apenas um carpinteiro? E Buda apenas um príncipe?
Quem você está deixando de ser por continuar medíocre, continuar na zona de competência sendo apenas o suficiente?
Refleta sobre isso!
Vamos agora para a zona de excelência, chamada por mim de zona do extraordinário:
Aqui, você está fazendo algo que é muito, muito melhor do que outras pessoas.
Você se destaca facilmente e gera tanto valor que naturalmente é promovido no seu trabalho ou consegue expandir seus negócios.
Porque você está produzindo com excelência, gerando muito valor e, às vezes, muito mais rápido do que pessoas operando a mesma função em outras zonas inferiores.
É nessa zona que operam as pessoas que ganham muito dinheiro e possuem trabalhos que geram reconhecimento e orgulho.
Por exemplo, uma das minhas zonas de excelência é construir funis de venda, principalmente funis de e-mail, que foi no que mais me especializei.
Eu gerei muito resultado através dessa habilidade, tanto para mim quanto para meus sócios e clientes de consultoria.
Comecei a ser solicitado para diversas palestras grandes do mercado e fui dizendo sim para todas elas, pois isso me posicionava como autoridade no assunto e me permitia estar próximo de grandes empresários.
Muitos falaram: “Lança um curso disso”, “Cria uma empresa de consultorias com um time para atender mais clientes”, mas eu sentia que não era esse o caminho que deveria seguir.
Sentia que existia algo maior e assim conheci a quarta zona.
A zona de genialidade, a zona lendária:
Senti que precisava abrir espaço para o novo e, se apenas seguisse o fluxo e me tornasse uma grande referência em funis, com cursos e equipe, não deixaria espaço para o novo acontecer.
Então, comecei a recusar palestras e novos clientes.
Cheguei a ser convidado para palestras internacionais, ganhei um livro autografado de um dos donos da Infusion, mas mesmo assim tive coragem para dizer não para esse caminho que era claramente um caminho de sucesso.
Por isso, costumo dizer que se conhecer exige coragem, exige coragem para confrontar seus demônios e abrir espaço para que o autoconhecimento possa acontecer.
Já fazia o que gostava, pois gosto de fazer funis.
Gerava muito resultado através disso, o que me gerava bastante dinheiro.
Atendia uma necessidade do mercado, então gerava uma contribuição através do meu trabalho e tinha reconhecimento por conta disso.
Mas é como se faltasse uma peça.
Não sabia qual era, mas sabia que precisava descobrir.
Então, iniciei uma profunda busca por autoconhecimento, fazendo cursos de hipnose, filosofia e PNL, recursos que estavam ao meu alcance para me conhecer melhor.
Tive vários trabalhos com diferentes coaches.
Todo esse trabalho valeu muito a pena, mas foi quando li um livro chamado “The Big Leap” de Gay Hendricks que entendi o que me faltava.
Operar na minha Zona de Genialidade, minha Zona Lendária.
Então, comecei a categorizar tudo o que fazia em cada zona e delegar o que era possível das coisas que fazia nas zonas de incompetência e competência para fazer apenas as coisas em que era excelente. Mas ainda existia um campo vazio.
Afinal de contas, quando opero nessa zona de genialidade?
Essa pergunta é muito difícil de responder, mesmo tendo feito todo o trabalho de autoconhecimento, ainda era um campo difícil de preencher.
Mas afinal, o que é essa zona de genialidade?
A zona de genialidade ou zona lendária é quando você soma as vantagens de todos os seus talentos naturais com algo que você é apaixonado e que também gera um valor intrínseco (amor pelo ato de executar, uma recompensa interna) e também valor extrínseco (fama, reconhecimento, dinheiro e tudo o que pode ser externo por gerar resultados para outras pessoas).
É quase um superpoder.
Posso até dizer que quando você atua na sua zona de genialidade, você tem uma vantagem injusta em relação aos outros.
Porque ninguém ao seu redor consegue alcançá-lo, você é simplesmente de longe o melhor, porque é imparável. Você terá 90 anos e continuará fazendo isso, pois é o que dá sentido à sua vida.
Uma pessoa que atua em sua zona lendária gera tanto valor que é impossível ela não colher frutos disso.
Algumas vezes, esses frutos serão fortunas, como é o caso de grandes empresários e grandes esportistas. Outras vezes, é um legado humanitário ou espiritual.
São essas pessoas que deixam sua marca no mundo, e você pode ser uma delas.
Sua energia é limitada, pare de colocá-la no lugar errado.
Comece a ser lendário, comece a operar na sua zona de genialidade.
E como eu descubro minha zona de genialidade, Alan?
Essa foi a primeira pergunta que eu me fiz, mas logo entendi que não deveria respondê-la, pois não era eu, e sim todos aqueles que me conheciam.
Então, perguntei a 27 pessoas no que eu era excepcional, no que eu era realmente muito bom e que me diferenciava das outras pessoas.
Isso me deu um norte bem claro de onde pesquisar.
A maioria das respostas repetidas foram:
– Determinação e intensidade
– Rápida implementação
– Fome de aprendizagem
– Visão do todo
– Liderança
– Escolher as pessoas certas
– Timing
Depois de juntar essas respostas, comecei a refletir sobre quando eu unia essas habilidades.
Onde eu as usava juntas:
Determinação e intensidade, rápida implementação, fome de aprendizagem, visão do todo, liderança, escolher as pessoas certas e timing.
E depois de refletir por alguns dias, eu notei que usava isso em dois momentos: quando estava dando consultoria, mas principalmente quando estava iniciando um novo projeto.
Eu desenvolvi uma habilidade muito grande de saber o que dá e o que não dá certo, de entender quais são os próximos passos e quem são as pessoas que eu preciso nesse próximo passo.
Uma forte habilidade de big picture thinking.
Eu consigo rapidamente analisar uma empresa e entender seus pontos de melhoria.
Foi essa habilidade que me permitiu gerar tantos resultados para meus clientes de funil, pois eu não só entregava algo bom para eles, eu sempre entregava uma consultoria junto e muitas vezes minha consultoria acabava sendo sobre um ponto de venda que estava frágil no negócio dele.
Mas eu não tinha como colocar a minha intensidade de execução no cliente, pois eu só dizia onde ele deveria mexer, mas muitas vezes ele era lento ou não conseguia enxergar o que eu estava mostrando na cara dele que ele precisava mudar.
E por isso eu gosto muito mais de colocar toda essa energia e foco nas empresas que eu crio.
E olhando para trás, conectando os pontos como Steve Jobs uma vez disse.
Eu consegui enxergar essa habilidade e o resultado dela, nessa minha trajetória no marketing direto.
A primeira empresa eu aumentei o faturamento em 20 vezes.
Na segunda, eu aumentei o faturamento para 100 vezes em relação à primeira.
E na terceira, eu aumentei ainda mais o faturamento em uma média de 300 vezes em relação ao faturamento da primeira.
A minha terceira empresa, uma empresa de cosméticos e suplementos, conseguiu deixar o laboratório que era o mesmo fornecedor da Hinode sem estoque de tampa, pote e cápsula. Para você ter ideia do impacto que foi gerado de vendas, eles nunca tinham visto nada igual.
Isso é o poder de atuar na sua Zona de Genialidade.
Ah, Alan, tudo isso você fez sozinho?
Jamais, eu nunca faria isso sozinho.
Lembra das minhas habilidades lá citadas?
Liderar e unir as pessoas certas no tempo certo.
Notou que minha habilidade genial é uma sala de frutas?
Eu a defino como Big Picture Thinking, mas de uma maneira mais clara, ela é:
Iniciar novos projetos com muita intensidade, rápida adaptação e com as pessoas certas no momento certo.
Uma visão holística permite-me fazer isso, mas só desenvolvi essa visão holística por ter tido diversas experiências diferentes.
Você pode estar se perguntando: “Mas e aí, Alan, como descubro minha zona de genialidade?”
Começarei dizendo como você não vai descobrir. Você não vai descobrir apenas se questionando. Primeiro, precisa permitir-se experimentar.
Quero fazer um exercício de imaginação com você.
Imagine um adulto que nunca experimentou nada além de mingau. A única coisa que ele comeu a vida toda foi mingau.
Você quer fazer uma boa ação e levá-lo a um restaurante com um buffet gigante. Nesse buffet, há 30 tipos de salada, 12 tipos de massa, 20 frutos do mar, 34 tipos de carne, 18 frutas diferentes e incríveis 54 sobremesas dos mais variados tipos.
Seus olhos chegam a lacrimejar quando vê tanta possibilidade.
Então, dou-lhe uma tarefa: quero que me diga qual alimento mais gostou, qual o seu preferido, mas só pode experimentar um desses alimentos.
Faz sentido?
Tem 168 possibilidades diferentes, fora as variações que podem ser feitas, como um arroz com feijão que já tem outro gosto ou um frango com farofa. Tem sozinho 168 possibilidades diferentes.
Mas quero que escolha qual é a sua preferida sem experimentar.
O que vai fazer?
Vai olhar, cheirar e tentar encontrar o alimento que mais gosta, mas será que realmente escolherá aquele que agrada mais?
Existe uma grande possibilidade de que isso não aconteça.
Agora, por que quando pensamos em uma profissão, fazemos exatamente isso?
Sem experimentar, colocamos na cabeça que queremos ter a profissão X, normalmente em uma idade em que tudo ainda é muito fantasioso e conhecemos muito pouco da vida?
Cansei de conhecer advogados e médicos frustrados, duas profissões que são sonho de toda mãe.
A maioria das pessoas escolhe uma profissão e fica presa nela pelo resto da vida, sem nem se questionar se não teria outro alimento mais saboroso, se não teria outro trabalho mais gratificante em que pudesse gerar mais resultados, gerar mais impacto.
As pessoas mais interessantes que conheci foram as que mais se reinventaram ao longo de suas vidas.
Considero-me levemente interessante, então vou usar meu exemplo:
Comecei a trabalhar com 14 anos, começando com iluminação, fotografia, filmagem e edição de vídeos, exatamente nessa ordem. Depois, fui professor de piano e violão, manutenção de computadores e professor de informática enquanto vendia camisetas e tênis, comprava dos chineses em Porto Alegre e vendia para os amigos do Senai.
Formei-me em eletrônica no Senai e comecei estágio em eletrônica. Iniciei a formação em técnico em eletrônica pensando em fazer engenharia mecatrônica, mas me apaixonei por programação no processo e fui aprender a programar. Assim, ganhei um convite para ser professor de programação e design. O design veio obrigatoriamente junto com a programação, então tive que aprender design e fiquei muito bom nisso. Começaram a aparecer clientes interessados nos meus serviços de design.
Resolvi abrir uma agência, mas fali antes de começar. Fui trabalhar em agências fazendo design e programação, recebi um convite para trabalhar em uma startup e ganhei uma plotter, uma impressora gigante, que vendi por 14 mil reais.
Então construí minha própria casa com 12 mil reais, olhando vídeos no YouTube. Fiz encanamento, elétrica, coloquei tijolos e aprendi que pedreiro definitivamente está na minha zona de incompetência, porque minhas paredes ficaram muito tortas e meu chuveiro pegou fogo. Pelo menos reconheci que não era para mim e não insisti nisso.
Voltei a tentar abrir minha agência e, aos poucos, deu certo. Tornei-me empresário e, para captar mais clientes, tornei-me palestrante. Conheci o marketing de afiliados, resolvi me especializar nisso e tornei-me afiliado, produtor, gerente de afiliados, professor, copy, gestor de tráfego, funileiro, líder, RH, diretor e CEO.
Você viu a salada de frutas?
Certamente deixei algumas coisas de fora, mas isso já lhe dá uma ideia de quantas coisas já realizei. E por ter feito tantas coisas, sei no que sou ruim, no que sou mediano, no que sou bom e no que sou muito bom.
Mas não conseguiria saber isso se ficasse atrás do computador, respondendo questionários para descobrir qual profissão se encaixa no meu perfil. Ou se perguntasse em qual área sou um gênio.
Vá para o campo, você só se conhecerá quando se permitir ter novas experiências.
Há uma frase que li há seis anos; na época, ela fez sentido intelectualmente para mim, mas hoje faz sentido em meu íntimo. Deixou de ser um aprendizado intelectual e passou a ser um aprendizado enraizado em mim, por ter sido experiência própria.
Deixe-me citá-la para você.
“Você não pode ligar os pontos olhando para a frente; você só pode ligá-los olhando para trás. Então, você tem que confiar que os pontos se ligarão no futuro. Você tem que confiar em algo – seu instinto, destino, vida, carma, o que for. Esta abordagem nunca me desapontou e fez toda a diferença em minha vida.” – [Steve Jobs](https://www.pensador.com/autor/steve_jobs/)
Sempre fui uma pessoa muito analítica e racional. Achava que essa era a forma correta de tomar decisões e a maneira mais assertiva de conduzir minha vida e negócios.
Mas, ao estudar a mente, descobri que temos algo muito mais poderoso do que um computador operando em nosso corpo. Temos uma máquina de processamento e assimilação de informações extremamente impressionante, e nem tudo o que acontece aqui pode ser explicado, mas pode ser sentido.
Aprendi a ouvir mais minha intuição, mesmo que ela não faça sentido a curto prazo, como disse Steve Jobs: “Você só consegue ligar os pontos olhando para trás.”
O escritor Joseph Campbell uma vez deu um grande conselho: “Siga sua felicidade, siga sua alegria.”
Faça o que você sente que precisa fazer. Talvez não faça sentido no começo, mas com certeza fará uma diferença positiva em seu futuro.
Lembre-se que no início do episódio eu falei sobre “o que eu sinto que preciso trilhar”? É exatamente isso: seguir um sentimento, como se fosse um destino, karma, chamado, propósito – seja o que você quiser chamar. Se você se permitir e começar a escutar, tenho certeza de que entenderá do que estou falando.
Antes de concluirmos, quero deixar dois desafios para você:
1. Pergunte a pelo menos 10 pessoas que você conheça bem:
– Qual qualidade se destaca em você?
2. O que você faz muito bem que poucas pessoas conseguem fazer como você?
– Faça uma lista com as 4 zonas.
Zona de Merda
Zona de Mediocridade
Zona de Excelência
Zona Lendária (Zona de Genialidade)
Procure observar o que você faz no seu dia a dia e tente categorizar conforme eu te ensinei hoje através desse podcast.
Procure operar o maior tempo possível o mais próximo que você puder da zona de genialidade, você vai notar que só de evitar ao máximo operar na zona de merda e de mediocridade, seus resultados já serão completamente diferentes.
E quando digo resultado não é só dinheiro, é mais alegria, mais realização, mais plenitude.
Se você está escutando esse podcast é porque eu acredito que assim como eu, você está em busca de viver uma vida lendária e tenho certeza que se você colocar em prática o que aprendeu aqui hoje, você estará um passo mais próximo disso.
Esse episódio vai ficando por aqui e se você acredita que ele contribuiu de alguma forma para você, então compartilhe com uma pessoa que você acredita que também precisa escutar esse conteúdo.
Além disso, todo feedback é bem-vindo. Me mande uma mensagem lá no Instagram me dizendo o que você achou desse conteúdo. Meu Instagram é alanicolascom.
Eu estou postando conteúdos diariamente nos meus stories.
Então é isso.
Obrigado por mais uma vez estar aqui comigo e não esqueça: Uma vida lendária é formada por pequenas ações e decisões, não esqueça de fazer o tema de casa.
Até o próximo episódio!